No último final de semana, o Brasil participou da Copa do Mundo de rugby sevens, modalidade que passará a ser olímpica nas Olimpíadas de 2016. Disputada em Moscou, na Rússia, essa foi a segunda edição da competição com a participação feminina, e as duas tiveram o Brasil representado – no masculino, a seleção nunca participou da Copa do Mundo. 
As meninas terminaram na 13ª posição, com duas derrotas (Espanha e EUA) e uma vitória (Fiji) na primeira fase, e uma derrota (China) na disputa pelo nono lugar. Há quatro anos, a seleção havia sido 10ª na Copa do Mundo disputada em Dubai. Como o rugby sevens é um jogo muito rápido – dois tempos de 7 minutos – permite variações muito grandes no placar. Fernando Portugal, capitão da seleção masculina, diz que ” dá para ganhar do melhor, mas dá para perder do pior. É um jogo bem ingrato, acaba muito rápido e às vezes não tem chances das ações”.
Isso se notou tanto no jogo contra Espanha – definido pelas adversárias logo no início, com dois trys de cara e que terminou em 26×10 - como no jogo contra os EUA, em que o Brasil teve chance de ganhar. Com bom desempenho na defesa, o Brasil chegou muito perto de empatar o jogo. De acordo com Drika Zimmermann, do blog Rugby Feminino no Brasil, resumiu que “o Brasil simplesmente dominou o 2° tempo, ganhando scruns, abrindo muitas bolas e avançando muito, não virou por detalhe, deixando as americanas espantadas e perdidas em campo”.
Depois, Espanha e EUA fizeram a disputa de bronze da competição, com vitória das norte-americanas na prorrogação, mostrando o equilíbrio dos times. A Nova Zelândia, grande potência da modalidade, foi campeã tanto no feminino como no masculino.
Fernando Portugal fez um bom balanço da participação em texto de seu Facebook. Destaco essa passagem: “A grande verdade, e temos que reconhecer, é que o Brasil hoje joga de igual para igual com a maioria das potências do mundo feminino do Rugby. Um resultado de 12 a 7 contra uma das maiores potências do esporte e do Rugby feminino, o EUA, foi algo sensacional. Sem falar que poderíamos ter vencido, por um detalhe no final da partida. A vitória contra Fiji, que impressiona na potência física, também foi um feito de ser comemorado. A derrota pra Espanha é algo normal, mas o fato de ter marcado 10 pontos nas adversárias também deve ser ressaltado, uma vez que durante as etapas do circuito mundial, o BRASIL produziu muito pouco no ataque. Melhoramos”.
A pior partida foi de fato contra a China, na disputa do torneio de “consolação”. Portugal destacou ainda a mudança de postura da seleção e a constituição física das atletas que estão fazendo parte do programa de profissionalização tocado pela Confederação, com parceria com o Crusaders e vinda de um técnico neozolandês para o país, visando as Olimpíadas do Rio-2016.
Resultados da Seleção
Primeira fase
EUA 12 x 7 Brasil
Espanha 26 x 10 Brasil
Brasil 17 x 14 Fiji
Quartas de final – Taça de Bronze
Brasil 5 x 10 China
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