
O momento mais marcante de Soni para mim foi sua participação em Londres, uma “lição” em vários sentidos. Ela chegou aos Jogos como campeã mundial das duas provas de peito e viu Ruta Meilutyte, então uma garota desconhecida de 15 anos, vencer. Não deve ter sido fácil. Poucos dias depois, ela voltou à piscina para nadar o 200 peito, sua principal prova
É bom saber que para cada Phelps e Bolt, monstros para quem fazer parte do time olímpico é quase trivial, existem 100 grandes atletas que precisam se beliscar quando colocam os pés na vila olímpica. Amo Phelps de paixão, e que bom que ele existe. Mas que bom que existem os outros 100 – e também os 200 que ficaram fora na seletiva, e os 300 que estão nos clubes treinando para chegar nela- sem eles, a natação não faria o menor sentido
Fabíola ganhou de Laure (isso é o menos importante), fez o índice (isso é muito importante) e emocionou o Maria Lenk inteiro (isso é inesquecível), independente de disputas de clube e contagens de pontos. Eu estava na área de imprensa e contrariando o que meus professores ensinaram, não contive algumas lágrimas. Era Fabíola.
Gabriel Mercedes é um dos ídolos do esporte na República Dominicana. Quatro anos depois de conquistar a prata nas Olimpíadas de Pequim, tornando-se o quarto atleta da história do país a subir ao pódio na competição, Gabriel era um dos favoritos ao ouro em Londres-2012. Sua participação durou pouco, e com os ligamentos rompidos durante a primeira luta, Mercedes continuou lutando
Foi lindo como ela reconheceu a parte do técnico em seus resultados: “Eu tenho quatro medalhas olímpicas em casa que nao existiriam se eu estivesse com qualquer outro técnico. Elas sempre serão minhas tanto quanto suas”. Rebecca disse que Bill é seu segundo pai, falou como ele a entendia como ninguém, e finalizou com uma frase linda
Estamos falando de um dos maiores gênios da natação feminina nos anos 2000. Vejamos porque. Laure “surgiu” nas Olimpíadas de Atenas, encantando o mundo ao ganhar três medalhas, uma de cada cor. Ela só tinha 17 anos e ganhou medalhas no 400 e 800 livre, e ainda um bronze no 100 costas – nadando como se fosse simples ser fundista e nadar costas ao mesmo tempo.
A Tunísia ia ter que jogar a vida pra ganhar da Dinamarca hoje. E todos os tunisianos com quem conversei acreditavam que dava: “É difícil mas nosso time também é um dos melhores do mundo, se jogar bem dá pra passar”. Eles dizem que na Tunísia só tem um esporte que dá pra torcer em competição internacional, o hand. O futebol é de longe o esporte mais popular, mas além das competições regionais da Africa, eles torcem pra Tunísia até meio como segundo time
Nasci em 1988, mesmo ano que a Gabriella Silva. Quando tinha 13 anos, idade em que começam os brasileiros absolutos, eu nadava borboleta. Assim como ela. Mas não que nem ela: desde sempre, a Gabi destruia na piscina. Eu fui apenas 10a naquele brasileiro infantil 1 de Belém onde ela já foi campeã ou vice. Não lembro direito, mas sei que ela já fazia 1’05 ou 1’06. Era lindo ver ela nadando borboleta.
Pequim, 2008. Quando subiu na baliza para fechar o revezamento 4×100 livre norte-americano, Jason Lezak carregava com ele duas participações olímpicas, quatro medalhas no total. Com 32 anos e 8 meses, era o segundo mais velho dos 32 nadadores presentes na épica prova. Épica pelo que ele faria dentro de alguns segundos. Para ser mais exato, em 46 segundos e seis centésimos.
Fazer promessas após ser campeão olímpico é uma coisa. Cumprí-las é outra. O húngaro Daniel Gyurta, campeão no 200 peito em Londres com recorde mundial, foi até a Noruega entregar uma réplica de sua medalha de ouro à família de Dale Oen. O norueguês, um dos favoritos nas provas de peito em Londres, morreu tragicamente em maio do ano passado.