
Sabia que o handball já foi disputado outdoor, com 11 jogadores, em campos de futebol? A supremacia europeia na modalidade no masculino é gritante: nunca uma seleção não europeia chegou à final da competição. No Mundial deste ano, a França pode se tornar a primeira a ganhar o campeonato cinco vezes
Inspirada pela lista elaborada pelo sempre impecável Mike Gustafson, coloco aqui os dez momentos que mais me marcaram na natação este ano. Não são necessariamente os melhores resultados ou os mais expressivos, mas os que mais me tocaram de alguma maneira:
Dentro e fora das pistas, a vida de Nelson Prudêncio foi marcada pelo salto triplo. Duas vezes medalhista olímpico, o salto triplo tinha no ex-atleta um dos maiores especialistas do país. PhD desde 2006, o medalhista lecionava na UFSCar na disciplina de Teoria do Treinamento Esportivo e Fundamentos das Atividades Atléticas. Prudêncio morreu nesta sexta-feira, vítima de um câncer de pulmão que descobriu há cerca de um mês
Hoje em dia as provas de fundo no atletismo são dominadas por quenianos e etíopes. Mas nem sempre foi assim. No início do século XX, os finlandeses eram os grandes nomes da longa distância, rendendo a eles a alcunha de “Flying Finn”. Em um momento tenso politicamente, com a Finlândia buscando a independência da Rússia, o nacionalismo era grande no país.
Adoro a prova de Pequim, mas a que tem mais significado para mim é a que aconteceu um ano depois, em Roma. Estávamos no penúltimo de uma competição em que os trajes tecnológicos eram grandes protagonistas. Phelps já havia perdido o 200 livre para o até então desconhecido Paul Biederman, e de forma humilhante para ele – por 1.2 segundos, sem nem ter chance contra o alemão. Phelps estava bravo.
O primeiro africano a vencer uma maratona nas Olimpíadas, abrindo caminho para o domínio do continente nas provas de fundo, venceu as Olimpíadas de Roma correndo descalço. Bikila, da Etiópia, foi ainda o primeiro bicampeão olímpico da maratona, ao vencer os Jogos de Tóquio pouco mais de um mês depois de ser operado por uma apêndicite. Ele chegou a tentar correr no México, mas parou no meio da prova; em 1969, sofreu um acidente de carro e morreu quatro anos depois
Mario Xavier, locutor da CBDA por mais de duas décadas e conselheiro vitalício do Corinthians, morreu hoje aos 91 anos. Ele foi pioneiro, ainda em meados do século passado, em anunciar os nadadores, mudando a forma de ver natação no Brasil. Ainda este ano Mario foi locutor em sua última prova, durante o Sul-Americano absoluto
Essa não será a estreia do rugby em Olimpíadas. Ele participou das edições de 1900, 1908, 1920 e 1924, e o criador das Olimpídas da era moderna, Barão de Coubertin, era um grande fã da modalidade. Além da saída do Barão da presidência do COI em 1924, um dos fatores para o rugby sair do programa olímpico a partir dali foi a pouca importância dada aos Jogos pelas principais forças da modalidade
Em trabalho de conclusão de curso para a EEFE-USP, Gabriel Colini Cenamo expõe a história do rugby no Brasil. Na década de 1960, depois da criação da União de Rugby do Brasil, a seleção era composta em grande parte por estrangeiros, e foi assim que conquistou o segundo lugar no Sulamericano de Rugby de 1964, até hoje o melhor resultado do Brasil na competição
Hoje teremos a final de uma das provas mais esperadas da natação, o 4×100 livre masculino. Há quatro anos, em Pequim, foi dela que saiu uma das imagens mais fortes dos Jogos, com a vitória dos EUA nos últimos metros. Nas duas edições anteriores, as provas também foram inesquecíveis, com vitória inédita dos sulafricanos em Atenas e Austrália quebrando invencibilidade de sete edições dos EUA