O Brasil terminou a participação no Mundial de Vôlei de praia, disputado esta semana em Stare Jablonki, Polônia, com duas medalhas conquistadas. As estreantes Lili e Bárbara Seixas foram bronze no feminino, enquanto Ricardo e Álvaro Filho foram prata na competição masculina.
A comparação com o desempenho da última edição, em 2011, é inevitável: na ocasião, foram dois ouros, conquistados por Emanuel e Alison (que aqui terminaram em quarto, depois de perder a semifinal para Ricardo e Álvaro) e Juliana e Larissa (parceria desfeita depois da “aposentadoria” de Larissa, enquanto Juliana foi cortada da seleção após polêmicas).
A diferença não esteve só nas medalhas: no feminino, tivemos apenas uma dupla nas oitavas de final, o pior resultado desde o primeiro Mundial da modalidade, disputado em 1997 na Flórida. Em 2009, por exemplo, foram três duplas brasileiras na semifinal. O masculino não foi tão preocupante – foram quatro duplas nas quartas de final e duas nas semifinais. Não tão bom quanto a final brasileira de 2011, é verdade, mas ainda assim o resultado pode ser considerado positivo.
Mesmo com a piora frente à última edição e o desempenho especialmente ruim no feminino, há alguns motivos para comemorar. Lili, Bárbara Seixas e Álvaro Filho fizeram sua estreia em Mundiais, e já subiram ao pódio. Interessante que os três foram medalhistas de Mundial de categorias de base – as duas inclusive jogando juntas, quando conquistaram o sub-21 de 2007. Evando e Felipe também estrearam na competição, já com uma boa participação.
Bom também ver que Ricardo e Emanuel, aos 38 e 40 anos, continuam jogando em alto nível – os dois foram campeões jogando juntos há 10 anos, em 2003. Emanuel é uma lenda viva do vôlei de praia, e participou de todas as edições do Mundial até hoje. Ainda é cedo para dizer, mas acredito que ele estará no Rio-2016.
No geral, a competição trouxe muitas surpresas. A vitória de Alexander Brouwer e Robert Meeuwsen, que jamais haviam chegado a uma semifinal de tour internacional, como lembrou o Blog Primeiro Set, foi inesperada.
No feminino, a vitória das chinesas Xue chen e Zhang Xi coroa uma parceria que esteve sempre entre as melhores do mundo mas ainda não tinha um título Mundial. Vale destacar a boa participação das duplas alemãs, prata no feminino e bronze no masculino, confirmado a evolução que já ficou clara na vitória das Olimpíadas ano passado.
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