Para mim, os destaques dessa segunda etapa do Open foram Joanna Maranhão nos 800 livre, se provando como a melhor fundista de piscina do Brasil hoje, e o 100 borboleta de Henrique Martins, nadador de 20 anos que compete pelo Pinheiros e ficou a 30 centésimos da marca necessária.
Joanna nadou para 8’37 – não me lembro de ter vê-la fazendo melhor do que isso sem trajes – e ficou a 5 segundos do índice olímpico. Ainda é muito, mas a prova foi bem nadada, com Joanna nadando negativo, passando 4’19″24 e voltando 4’17″9. A partir dos 400, ela passou a nadar as parciais de 100 para 1’05″0 ou 1’04″9, e fechou 1’03″0, mantendo uma regularidade que mostra que está em grande forma. Agora é hora de focar em quais serão suas provas para tentar o índice, creio que tenha chances no 200 e 400 medley, 400 e 800 livre e 200 borboleta.
Os 30 centésimos que separam Henrique Martins do índice de 100 borboleta também não são pouca coisa, mas o colocam na briga pela vaga, que promete ser difícil se os três principais concorrentes nadarem bem ano que vem – ele, Kaio Márcio (que já tem o índice com 52″11) e Mangabeira (finalista olímpico na prova em 2004).
Também merece destaque o 50 livre feminino, com Flavia Delaroli vencendo a prova. Há seis meses isso seria natural, mas um dia antes Graciele Hermann havia alcançado o índice na prova, marcando 25″12, e se colocando como a melhor velocista brasileira hoje. Flávia, que em 2004 foi finalista no 50 livre em Atenas e por anos uma de nossas melhores atletas, hoje fez um grande resultado nadando para 25″42. Ficaria muito feliz se o bom momento de Graciele motivasse a nadadora, que tem uma carreira notável, e ela conseguisse nadar sua última Olimpíada em 2012 – ela já anunciou que quer parar ano que vem. Também achei interessante ter seis meninas nadando abaixo de 26″, sendo quatro delas com no máximo 19 anos.
Deixe um comentário