Guilherme Toldo é consciente de seu potencial e suas limitações para sua primeira Olimpíada. “Tenho só 19 anos, sou bem novo. Tento compensar com força de vontade, qualidade técnica, mas contra os europeus ainda não atingi um nível para lutar de igual para igual. Vou chegar nas Olimpíadas pronto para o que der e vier, vou estar como franco atirador”. O esgrimista, que compete no florete, tem como objetivo passar da primeira fase e chegar entre os 30 primeiros.
mas foi surpreendente a vitória sobre os atletas que tinham resultado melhor que eu”, afirma ele, que nas oitavas de final ganhou do norte-americano Miles Chamley-Watson, que já foi número 2 no ranking mundial.
Ele conquistou a vaga para Londres no pré olímpico disputado no Chile, em abril, e se disse feliz por se dar bem em competições mais importantes, que são rápidas e com eliminatória direta – nas Olimpíadas, a disputa tem esse formato também. “Eu fui pensando em classificação, mas como sou novo estava sem responsabilidade, enquanto os outros podiam estar com mais pressão”.
Toldo, que sempre foi do Grêmio Náutico União, clube do Rio Grande do Sul, conheceu a esgrima com oito anos em um projeto de verão do clube, onde os participantes passam por todos os esportes oferecidos. No início apenas como diversão e para fazer uma atividade física, Toldo começou a se interessar mais e queria resultados, e a escolinha não era mais suficiente. “A partir dos 15 anos queria aprimorar minha técnica,
melhorar a qualidade, e me enquadrei na equipe de base, passando a treinar todo dia e levar mais a sério”. Ele cresceu rápido e ainda na categoria juvenil passou a participar de torneios adultos e conseguiu ficar entre os quatro primeiros do florete, fazendo parte da equipe brasileira.
Ele intercala o treinamento no clube com períodos na Europa. “A esgrima nacional não é tão forte. Se queremos algo mais específico e forte procuramos treinar na Europa, que tem historicamente ótimos resultados”, afirma. Nos últimos três anos, ele costumou ir para o continente durante as férias de verão, de janeiro a março, a principal base foi a Itália. Para tal, ele tem apoio da Petrobras, patrocinadora da modalidade visando sobretudo o Rio-2016, e do GNU.
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