Muitos eventos são prematuramente qualificados de “históricos” em Olimpíadas, às vezes no calor do momento de uma disputa muito acirrada ou de uma marca muito forte. O dia de hoje no ExCel Centre realmente foi. Trinta e seis mulheres de 23 países diferentes marcaram a estréia do boxe feminino em Olimpíadas, 104 anos depois da introdução do boxe em Olimpíadas, até hoje restrito apenas para homens. Não mais.
O Brasil presenciou ativamente esse feito, presenciado por dez mil torcedores que incentivaram as pugilistas. Com representantes nas três categorias, Érica Matos, Adriana Araújo e Roseli Feitosa, o país estreou com uma das altetas avançando para as quartas de final, Adriana. O resultado coloca a lutadora, pupila de Luiz Dórea, técnico de Cigano no MMA, a uma vitória de uma medalha olímpica. Adriana venceu Saida Khassenova, do Cazaquistão, por 16 a 14, e agora enfrenta a marroquina Mahjouba Outbil. Adriana é superior à adversária, que não tem resultados expressivos e nem aparece no ranking mundial – Adriana é quinta.

Roseli Feitosa e Érica Matos ficaram na primeira luta. Roseli, que é campeã mundial da categoria até 81kg (não incluída no programa olímpico) mas perdeu peso para se encaixar na categoria olímpica de até 75kg, perdeu para a chinesa Jinzi Li. Apesar disso, ela ressaltou a felicidade de estar nas Olimpíadas. “Foi muito difícil estar aqui, apesar de ter muitos brasileiros que criticam a atuação do Brasil nas Olimpíadas. É uma felicidade estar aqui. Claro, queria sair com a vitória, mas não deu”, afirmou. Érica, da categoria mosca (51kg) perdeu para a venezuelana Karlha Magliocco por 15 a 14.
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