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  • Do inferno ao céu em 15 dias, Brasil se supera e conquista o bi-olímpico no vôlei feminino

    11/08/2012 por Vitor Morales em Londres 2012, Notícias, Vôlei / Sem comentários

    De time desacredito a campeão olímpico. Este pode ser o resumo da trajetória do vôlei feminino brasileiro em Londres. Um time que dependeu de vitórias de adversários para se classificar com a última vaga do grupo e chegou a chorar e “lavar roupa suja”, como declararam após a derrota para a Coreia, as brasileiras souberam se reerguer após os maus resultados e cresceram ao longo da competição, inclusive durante a partida final.

    A equipe brasileira entrou em quadra como se temesse o time para quem já havia perdido na primeira fase (3 a 1). Vendo seu ataque parar por diversas vezes no bloqueio americano, as brasileiras passaram a tentar tirar do bloqueio alto de Hooker, porém sem sucesso. Inúmeros erros de ataques e o forte saque americano em pouco tempo culminaram em ampla vantagem no placar, encerrado em 25 a 11.

    O descanso dado às titulares no fim do 1º set e a conversa de José Roberto no intervalo fizeram efeito e as brasileiras retornaram para a partida com o jogo muito mais solto e melhor posicionadas na defesa. Dani Lins passou a distribuir bolas mais rápidas e o bloqueio americano enfim foi superado. Era a vez das americanas passarem a errar e o Brasil abrir vantagem, marcando 6 pontos seguidos e chegar a 18 a 12 no placar. Com uma jogada de china de Fabiana o Brasil fechou o set em 25 a 17 e empatava em 1 a 1 o jogo.

    O 3º set começou com um nome se destacando na rede: Fabiana. A meio de rede bloqueou e atacou deixando as americanas desorientadas quanto à marcação de bloqueio. Quando acertavam o posicionamento, Fernanda Garay e Jaqueline encontraram espaço no bloqueio americano e passaram a virar bola com mais facilidade. Do outro lado, a instrução de Zé Roberto de subir a defesa brasileira deu resultado e as americanas não pontuavam mais com a mesma facilidade. Com o controle do jogo, as brasileiras conduziram o placar até o 25 a 20.

    A 1 set de se tornarem “bi-vice” campeãs, as americanas sentiram o descontrole emocional atrapalhar o padrão de jogo que apresentavam até então e que lhes havia rendido o título do Grand Prix há pouco mais de 1 mês. Defesa e ataque brasileiros continuaram funcionando bem e o placar foi construído com certa facilidade. Jaqueline, maior pontuadora com 18 pontos, e Dani Lins, com 2 bolas de segunda no set, conduziram a equipe até o último ataque de Fernanda Garay fechar a partida em 25 a 17. Era o que faltava para as lágrimas de preocupação e desespero da 1ª fase se transformarem em lágrimas de campeãs.

     

     

     

    Vitor Morales teve o voleibol como parceiro de estudos por 9 anos de sua vida, embora seja mais fácil encontrá-lo na arquibancada do Pacaembu do que em um ginásio.

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