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  • Verdades e mentiras sobre o hipismo nas Olimpíadas

    17/08/2012 por Beatriz Nantes em Hipismo, Notícias, Opinião / Sem comentários

    Li muitos textos e muitos comentários sobre a atuação do Brasil nas Olimpíadas no hipismo clássico. Não achei nada que falasse um pouco do que eu vi na atuação dos Brasileiros.

    Muitos dos leigos não entendem que o cavalo não é um carro, que quando quebra, não se troca um peça e que muitas vezes a culpa não é de ninguém. Cavalo é um ser vivo, tem dores, medos, nervos, mente, força, humor… E para piorar a relação: o cavalo não fala.
    O resultado ruim do Brasil começou bem antes, e não vou nem entrar no mérito de investimentos, criação etc… Vamos começar simplesmente pela equipe: neste post falei qual eu achava que seria a equipe olímpica do Brasil. Não estaria de todo o errado se as coisas tivessem seguido o curso natural, mas como eu acabei de dizer, lidamos com um ser vivo.

    Analisando:

    Bernardo Alves: tirou sua égua, Brigit, da disputa por uma vaga, pois nao sentiu que ela estava pronta e poderia comprometê-la

    Doda: Seu cavalo de ponta, Dan, se lesionou no começo do ano e também não foi para a Olimpiada – não que o cavaleiro tenha feito feio, longe disso

    Karina: Era para ser uma das integrantes da equipe olímpica mas teve um imprevisto com seu cavalo, que fez um cirurgia e ficou fora da equipe dos Jogos
    Chiquinho Azevedo: Seu cavalo Special sofreu uma lesão no último treino para as Olimpíadas

    Caca Ribeiro: Seu cavalo Willex sentiu no primeiro dia de provas

    Rodrigo Pessoa: Também teve suas opções cerceadas por lesão

    Mas ninguém pode falar que tinhamos uma equipe ruim. Tirando o resultado o Cacá no primeiro dia, Zé, Doda e Rodrigo deram um show na primeira classificatória.

    Não concordo com o depoimento do Zé após um percurso ruim, ou talvez bem ruim. Podia simplesmente ter dito que não foi um bom dia. Concordo que não é um cavalo facil, que perder a ferradura pouco antes da prova desestabiliza até o equilibrio de um cavalo e o reaquecimento é complicado, mas daí a fazer 50 pontos e colocar a culpa em tudo, não concordo. Infelizmente não era o dia dele, o cavalo não estava bem e sem ter descarte isso deixou a equipe em maus lençóis. Mas não culpo ele, perder faz parte do jogo. E ele deveria ter orgulho do primeiro dia, esquecer esse resultado e seguir o bom trabalho. O conjunto tem, sim, muito futuro.

    O Brasil não foi com o melhor time para Londres, e eu já havia dito que corria por fora na disputa por medalha. Infelizmente é parte do esporte e estamos todos sujeitos a isso. Para 2016 precisamos sim de mais incentivo, patrocínio, concursos de grande porte e consciência. Talento temos de sobra mas as vezes só isso não basta.

    João Markun 22 anos, filho de jornalista, criado em meio aos cavalos, fez da Sociedade Hípica Catarinense, em Florianópolis, sua segunda casa. Afastado das pistas por motivos que só a vida explica. É um apaixonado pelo assunto, por provas, concursos, percursos e claro, cavalos.

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