O rugby chegou ao Brasil no início do século XX, trazido por funcionários de empresas britâncias que vieram trabalhar no país. Os clubes começaram a surgir na década de 1920, como São Paulo Rugby Football Club e Britânia Football Club, que junto com o SPAC passaram a realizar partidas, de acordo com Gabriel Colini Cenamo, em seu  Trabalho de Conclusão de Curso na Faculdade de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo.

Ele conta ainda sobre o período de decadência durante as Guerras, com muitos jogadores se alistando, e a ascendência nas décadas de 1950 e 1960, com destaque para a criação da União de Rugby do Brasil, em 6 de outubro de 1963, que foi reconhecida pela IBR no final da década. Nessa época, a seleção era composta em grande parte por estrangeiros, e foi assim que conquistou o segundo lugar no Sulamericano de Rugby de 1964, até hoje o melhor resultado do Brasil na competição. Na década de 80, um acidente em uma partida interescolar provocou o fim do rugby escolar – hoje em dia, Fernando Portugal, capitão da Seleção Brasileira de Sevens, aponta a possibilidade de acidentes ou lesões como um dos principais obstáculos para o desenvolvimento do rugby nas escolas.

Brasil no Sul-Americano de Rugby XV, Viña del Mar/Chile - 1979

Gabriel expõe ainda o surgimento de novos clubes, do rugby feminino, e da importância do rugby nas universidades. Sobre esse ponto, Portugal comenta que, além de serem os maiores consumidores de rugby hoje em dia, os universitários tiveram papel vital na década de 2000, depois de um período em que os clubes tradicionais trabalharam pouco com as categorias de vase. “Na década de 2000, o que manteve esses times foram os universitários. Tínhamos o Alphaville ,que era super tradcional no Brasil, campeão da década de 80, que faliu, não tinha base e ninguém manteve. Vários outros clubes correram o risco e não acabaram pelos universitários”.

A década de 2000 marcou importante evolução do Brasil na modalidade, passando da 69a posição do ranking em 2001, para o atual 33o, ficando em 25o em 2009. Portugal aponta para a importância da criação do Sulamericano B, importante para o renascimento da Seleção, que ao garantir série de invencibilidade diante do Paraguai, hoje é a quarta potência do continente, atrás de Argentina (8a no ranking mundial de 20/agosto), Uruguai (21a) e Chile (24a), retornando ao grupo A.

Até hoje, o Brasil nunca participou de uma Copa do Mundo da modalidade, nem no XV nem no sevens.