
Marchioro, que defende o Botafogo este ano, conseguiu índice para o 50 livre com 25”17, na prova mais forte de nossa natação feminina hoje – além dela, Graciele Herrmann também tem índice para o Mundial. No Brasileiro Júnior, disputado em Curitiba, Alessandra não só garantiu a vaga no revezamento como na prova de 100 livre, fazendo o melhor tempo do Brasil: 55”14
Alessandra Marchioro está leve. Na quarta-feira, ela conquistou o índice para seu primeiro Mundial de piscina longa – competição mais importante da natação junto com as Olimpíadas – na prova de 50 livre. Com 25”17, ela garantiu sua classificação junto com Graciele Herrmann (25”10), na única prova da natação feminina que terá duas representantes em Barcelona até o momento.
Não há qualquer dúvida: o 50 livre é a prova mais forte do Brasil na natação hoje, disparado. Entre feminino e masculino, foram sete índices alcançados na prova durante o Maria Lenk. A surpresa maior ficou com os dois no feminino: a última vez que o Brasil teve duas atletas com índice para uma competição como Mundial de longa e Olimpíada foi em Roma-2009
No segundo dia de eliminatórias do Mundial de Natação de piscina curta, realizado em Istanbul, Turquia, o Brasil teve quatro classificados para a próxima etapa, além do revezamento 4×200 livre masculino. Três das classificadas nas provas individuais nesta etapa são mulheres: Daynara de Paula, olímpica em 2008 e 2012, e duas representantes da nova geração, Larissa Oliveira e Alessandra Marchioro.
Nenhum atleta brasileiro conseguiu índice para o Mundial de curta na prova de 100 livre. O único a nadar abaixo do índice (46”99) nas seletivas foi César Cielo, mas o nadador está fora do Mundial em função de um tratamento no joelho. Hoje, no Open 2012, realizado em Guaratinguetá, a prova feminina foi vencida por Alessandra Marchioro e a masculina por Guilherme Roth
Em um único dia de competiçção, foram três quedas na água para nadar o 50 livre para nossos melhores nadadores: na eliminatória e semifinal da prova individual, e na final do revezamento.César Cielo, que de manhã nadou para 21”29, fez 21”19 na semifinal e 20”81 no revezamento, cumprindo a promessa de nadar abaixo de 21”00, e superando o melhor tempo do ano, que pertencia ao polonês Conrad Kzerniack
Hoje não consegui assistir às provas pela televisão mas dei uma olhada nos resultados da CBDA. No geral, mais um dia com tempos um pouco fracos, bom para novos nomes que aproveitam para subir ao pódio, e atletas da elite brasileira mas que não foram ao Mundial se destacando (Nicholas e João Junior são os maiores exemplos). Tivemos três finais na etapa (50 livre, 200 livre e 400 medley) e duas semifinais (100 borboleta e 100 peito).
No 50 livre, Flávia piorou o tempo das semi mas se manteve como principal velocista do Brasil. Em segundo, Alessandra
Marchioro, dez anos mais nova que Flávia, nadou bem para 25″72. Na frente das duas, Inge Dekker não fez nada de espetacular, nadando para 25″36, mas atendendo ao motivo porque foi trazida pelo Minas: levar os 35 pontos para o clube. Na prova masculina, apesar das justificativas de Cielo para uma possível derrota antes da prova, deu o óbvio e ele levou com 21″97. Nicholas nadou bem e venceu Fratus, fazendo a dobradinha do Flamengo no pódio, mas ainda não chegou ao tempo do índice.
No 400 medley, boa disputa entre as duas estrangeira. Entre a argentina medalhista olímpica em 2004, Georgina Bardach (Unisanta) e a espanhola campeã mundial de curta, Mireya Belmonte (Flamengo), a segunda levou a melhor mesmo virando dois segundos atrás nos 300 metros, fechando para 1’05 contra 1’08 da argentina. Entre as brasileiras, Julia Gerotto levou a melhor com 5’01, seguida da fundista do corinthians Maria Caroline Ferreira e Larissa Cieslak.Entre os homens, Thiago Pereira administrou a prova e ficou com o ouro com 4’24″, com Renato Barufi garatindo a dobradinha corinthiana ao marcar 4’25″5. Diogo Yabe fechou o pódio com 4’27.
O 200 livre feminino valeu mais pela disputa do que pelo tempo em si. Desde a aposentadoria de Mariana Brochado e da má fase de Monique Ferreira, que antes lutavam por índices para as competições de ponta – foi nessa prova a primeira final do Brasil em revezamentos femininos em Olimpíadas, em 2004 – ,a prova vem mostrando resultados fracos, e acho difícil que alguma nadadora consiga nadar para baixo de 1’58″20 e carimbar o passaporte para Londres. De qualquer forma, Jéssica Cavalheiro merece os méritos e nadou muito bem, cravando 2’02″62 e vencendo a americana Kimberly Vanderbergh por 8 centésimos. Manuella Lyrio completou o pódio do Minas com 2’02″90.
No masculino, prova marcada por mais falhas, com placar errando mais uma vez – dessa vez pior, pois ao invés de não dar os tempos colocou Fernando Ernesto como campeão, que chegou a comemorar e dar entrevista, quando na verdade terminou em quinto. Quem venceu foi outro mas os 35 pontos foram mesmo para o Corinthians – o venezuelano Daniel Tirabassi levou o ouro com 1’50″61 após boa disputa com Rodrigo Castro, que aos 33 anos continua sendo um dos principais nomes da prova no Brasil, desbancando as novas promessas. Completando o pódio, nem Minas, nem Corinthians, nem Flamengo, nem Pinheiros: o bronze foi para o Curitibano, com Eduardo Duarte.
Sem Gabriella Silva, a disputa no 100 borboleta amanhã promete ser boa com Daynara de Paula (já com índice olímpico para a prova, aliás a única mulher até o momento), Daniele Paoli e Daiene Marçal. Fabíola, provando a versatilidade, também está na final com tempo classificatório na casa de 1’01″. No masculino, Mangabeira está com o primeiro tempo mas ainda 7 décimos distante do índice olímpico, quem sabe sai amanhã.