Há exatamente um ano e um dia, João Junior saiu do Parque Aquático Maria Lenk frustrado. Nas eliminatórias do 100 metros peito masculino, Felipe Lima nadou para 1’00”11, segundo melhor tempo do Brasil em todas as seletivas para os Jogos Olímpicos de Londres, deixando João Junior na terceira posição na luta pela vaga. Restava a final. João Junior fez apenas 1’00”54, pior do que seu melhor tempo e insuficiente para recuperar a vaga.
“Foi frustrante. Eu vivi quatro anos do ciclo olímpico e não pude estar lá. Mas um dia depois eu coloquei a cabeça no lugar e pensei, eu quero viver isso de novo. É trabalhar, não tem jeito”. A frase é do mesmo João Júnior, um ano e um dia depois, minutos após fazer a melhor marca do ano no mundo na prova de 50m peito, 27”20. Dois dias antes, no mesmo 100m peito João Junior fez 1’00”21, e conseguiu sua vaga para o Mundial de Barcelona com o melhor tempo do Brasil.
“Isso representa um bom começo, depois de tudo que eu passei ano passado, um começo em grande estilo”, disse, depois de conseguir a vaga. Em Barcelona, ele representará o Brasil ao lado de Felipe Lima, o mesmo que tirou sua vaga para Londres. Felipe França, recordista brasileiro e sulamericano e único do país a ter nadado a prova abaixo de 1’00, não esteve bem na competição e nadou longe de suas melhores marcas. Ele trocou de técnico após as Olimpíadas, e se casou no ano passado.
Agora João quer pensar para frente. Perguntado sobre objetivos para Barcelona, ele diz que ainda não pensou na competição. “‘É legal olhar para frente, mas tenho que dar um passo por vez. Agora eu já sei exatamente o que eu não posso errar. Estava com a cabeça no Maria Lenk. Lá em Barcelona, não sei, talvez pensar em uma medalha nessa prova, ganhar, será? Agora preciso ver com calma”.
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