Começou a curta temporada de grama. Durante um mês os grandes nomes do circuito mundial desafiarão o piso natural do tênis. Um piso rápido, com o quique da bola baixo e que exige movimentos mais clássicos, como o voleio.
Roger Federer é o rei da grama, o dono do quintal como costumamos falar. Dono de sete taças em Wimbledon, o suíço é o atual campeão e sempre entra como favorito em Londres. Ele começou bem a temporada e ficou com o título em Halle pela sexta vez. Andy Murray joga em casa, o que pode ser muito bom e muito ruim ao mesmo tempo. O britânico tirou um grande peso das costas ao faturar o US Open no ano passado e deve entrar com menos pressão. Murray ficou com o caneco em Queen’s na última semana e começa bem as quatro semanas que podem definir muita coisa no ranking mundial.
Rafael Nadal vem em ritmo alucinante em 2013. Nove torneios, nove finais e sete títulos. Mas apenas um deles em quadras rápidas. Ninguém sabe como seus baleados joelhos reagirão ao maior esforço imposto pela grama. De qualquer forma, rafa já venceu Wimbledon duas vezes. Líder do ranking mundial, Novak Djokovic é o menos adaptado a grama do ‘big four’. Apesar de ter faturado o troféu em 2011, o sérvio não está em seus melhores dias e a confiança não anda muito alta.
Os quatro são com certeza os grandes favoritos, mas a grama possui peculiaridades que grandes sacadores e tenistas experientes podem utilizar para derrubar os grandes. Jo-Wilfried Tsonga, Tomas Berdych, Marin CIlic, Tommy Haas, Milos Raonic, Jerzy Janowicz, Philipp Kohlschreiber e até Lleyton Hewitt não devem ficar com o título, mas podem incomodar bastante os favoritos. Uma semifinal de David Ferrer também está sempre em pauta. Tudo depende da chave.
Historicamente os brasileiros não se dão bem na grama. Gustavo Kuerten nunca foi muito longe em Wimbledon, Fernando Meligeni evitava o torneio e o último grande resultado em simples veio com as quartas de final de André Sá em 2002. Thomaz Bellucci segue se recuperando de lesão e ainda não confirmou presença. Rogério Dutra Silva estará lá. Outros sete tenistas tentam a sorte no qualificatório.
Nas duplas estaremos bem representados. Com as ótimas campanhas no ano, Bruno Soares e o austríaco Alexander Peya entram como cabeças de chave 3 e podem ir longe. Marcelo Melo e o croata Ivan Dodig também formam forte parceria. Bellucci joga com o argentino Carlos Berlocq e Marcelo Demoliner atua ao lado do experiente Sá.
Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.
O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.
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