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  • Dia 4: meio NY, meio África do Sul

    31/07/2013 por Beatriz Nantes em Diário de Barcelona / 4 Comentários

    Hoje foi um dia diferente! Ontem o amigo da Dani da Finlândia (Jarkko) chegou quando estávamos indo dormir, então saímos para comer rapidinho. O resultado foi que não consegui acordar muito cedo. Mas aproveitamos a manhã: tinha combinado com a Dani de ir às compras hoje cedo. Estou orgulhosa de mim: só comprei dois itens e sinto que sou uma nova pessoa em termos consumistas. Mas esse ainda é só o quarto dia….

    Depois das compras, almoçamos no Hard Rock Café, eu ela e o finlandês. Incrivelmente, pela primeira vez desde que cheguei hoje não tive dor de cabeça o dia inteiro, o que com certeza tem a ver com o fato de ter comido muito e andado pouco! Sedentarismo, ai vou eu.

    Depois do almoço, ficamos andando nessa região do lado das Ramblas que é conhecido como El Raval – nas palavras do Jarkko, um lugar “meio Barrio Chino, meio de prostituição”. Enfim, andamos pelas ruas e deu pra ver um pouco a diferença – em alguns momentos me senti em Havana. Legal ver que em um ano e meio meu repertório de viagens aumentou bastante! Aqui uma ruinha típica do Raval, que tem também o Museu de Arte Contemporânea e vários cafés – tomamos um em um deles, antes de eu ir para a competição. E a bandeira da Catalunha sempre lá!

    Depois disso voltei pro hostel e segui para a competição. Hoje resolvi inovar no caminho e obviamente isso se provou um erro - ao invés do metrô, entrei na parte para pegar o trem (que é na Plaza Catalunya também, onde pego o metrô), e não conseguia sair! Depois tudo deu certo e às 17h estava no Palau Sant Jordi. Tirei algumas fotos do Centro de Imprensa e bastidores e sentei na tribuna de imprensa, dessa vez ainda mais pertinho da piscina.

    O dia confesso que não foi tão bom como os outros (na piscina), mas talvez tenha sido o que mais torci. Entrevistei o Leo de Deus e o João Junior antes de Barcelona, e sempre que você conhece a história da pessoa fica mais apegado. A verdade é que todo mundo tem uma história. Fiquei triste que os dois não subiram ao pódio (ambos tinham condições), mas o esporte é isso. Não sou grande fã do Cameron van der Burgh, pelo contrário, mas foi bem legal quando ele subiu ao pódio e chamou seu melhor amigo, que ficou em terceiro, para se juntar a ele no primeiro lugar para cantar o hino da África do Sul. Depois do início de dia norte-americano (comida gorda no Hard Rock + compras), o dia ficou sulafricano.

    E a parte mais legal veio disso também. Eu que “sou” o Esporte em Pauta, estou sozinha completamente para fazer a cobertura – se não twittar, ninguém twitta, se não escrever ninguém escreve, se não estiver na coletiva de imprensa não sei o que rolou. Conclusão, a todo momento tenho que pensar: assisto essa prova ou vou para a Zona Mista pegar declaração do brasileiro? Fico para ver uma semifinal ou vou para a coletiva de imprensa do último campeão? Em geral, decido ficar para ver mais uma prova, porque adoro todas. Mas hoje abri mão das semifinais para ficar mais tempo na sala de imprensa. Acho que acertei.

    - Missy Franklin dá raiva de tão alegre/gente boa/simpática. E os jornalistas americanos também a amam e a babação de ovo fica completa. Tipo: “Missy, três ouros, como você se sente?”, ou ontem “De onde vem toda essa sua alegria e energia positiva?”. Pior que ela é assim mesmo.

    - Federica Pellegrini é o oposto, mas confesso que fiquei com frio na barriga na hora que ela entrou na sala. Ela é linda mesmo, e o 200 livre de hoje foi fenomenal. Tipo: não me aposentem ainda, sou Federica. Pago muito pau pro jeito como ela nada e até vejo algum charme nesse jeito meio blase – como falar só italiano na entrevista inteira.

    Sem querer ser chata, mas a Federica é muito linda

    - Chad Le Clos é mais pro estilo Missy Franklin, mas fala mais do que ela. Acho bem legal que ele parece manter um pouco da ingenuidade do “começo da carreira”. Hoje mencionou o Phelps duas ou três vezes. E a parte mais legal: FIZ UMA PERGUNTA PRA ELE!! Engraçado, no domingo entrava nas coletivas e falava “jamaaaais que abro a boca”, ontem já fui em mais, e hoje ja estava tranquila para perguntar. Enfim, perguntei se foi difícil encontrar motivação para treinar e voltar aos treinos depois das Olimpíadas. Ele disse que foi mais do que pensava, olhando para mim! Perdão pelo deslumbramento, mas esse é meu primeiro Mundial, acho que está ok achar tudo isso muito legal.

    Chad Le Clos respondendo minha pergunta: curtir

    -  E Sun yang, bem… sem querer estereotipar, ele é bem chines. Pra começar: não entende NADA de inglês (a Federica ainda entendia, mas não falava), e como a imprensa chinesa está em peso aqui e pira nele, em muitos momentos rolava a pergunta, a resposta, muitos risos dele e dos repórteres, e o restante ficava boiando. Acho bem legal como ele tem orgulho de ser chinês e sempre fala isso e se emociona no pódio, mas é um mundo bem distante (assim: a Federica falando italiano é charmoso, o Sun falando chinês todo mundo acho tosco… )

     

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    4 Comentários

    • Caio Leal Caneda

      Estou orgulhoso, esses diários estão muito bons!

      01 ago 2013 08:08 am (@Twitter)
      Responder
        • Beatriz Nantes

          =)

          01 Aug 2013 04:08 pm
      • lucia

        ótima essa descrição dos atletas!
        Dúvida: o Sun Yang tem dentes horríveis mesmo como aparece na TV?

        01 ago 2013 03:08 pm (@Twitter)
        Responder
          • Beatriz Nantes

            Tem!!!

            01 Aug 2013 04:08 pm

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