No terceiro dia de finais dos Trials britânicos, mais uma vez as mulheres se destacaram com as melhores disputas e os tempos mais fortes – tanto entre as inglesas como entre os estrangeiros que participam da competição como evento teste, com destaque para o fortíssimo 1’55”23 de Sarah Sjostrom, segundo melhor tempo da história sem trajes no 200 livre, embolando ainda mais as favoritas na prova. A final britânica da prova acontece hoje, com Caitlin McClatchey classificada com o melhor tempo nas eliminatórias.
Nas finais masculinas, apenas um atleta por prova conseguindo nadar abaixo do índice da British Swimming, o escocês Robert Renwick no 200 livre (1’47”33) e Liam Tancock no 100 costas (53”16, melhor tempo do mundo no ano). Especialista na prova de 50, na qual detém o recorde mundial, Tancook vem lutando para melhorar seu 100 metros, dado que o 50 não é disputado nas Olimpíadas.Nas duas provas, a segunda vaga continua em aberto.
Na prova de 100 peito feminino, também apenas uma classificada, Kate Haywood, que marcou 108”07, sexta melhor marca do ano. Há três anos, a atleta teve que operar o quadril e pensou em desistir do esporte; a retomada da motivação envolveu mudança de Loughborough para Melbourne, na Austrália.
A melhor história do dia, no entanto, veio também da prova mais disputada, com apenas 24 centésimos separando a primeira da terceira colocada. Gemma Spofforth, 24 anos, venceu com 1”00”19, depois de virar em quinto, e garantiu sua classificação depois de anos complicados depois de perder a mãe, vítima de um câncer no intestino há cinco anos, e pensar diversas vezes em largar a natação. Gemma admitiu que, se perdesse a vaga, esta teria sido sua última prova. “I had to leave everything in the pool” ["Eu tive que deixar tudo na piscina"]. Georgia Davies ficou com a segunda vaga, chegando dois centésimos depois.
Após a morte da mãe, ela focou nos treinos para diminuir a raiva pela perda, e em 2009 alcançou o ápice de sua carreira
vencendo o Mundial de Shangai. Desde então, teve problemas de motivação e não conseguia mais preencher o vazio com a natação, o que piorou depois da morte do marido de sua mãe, quando pensou se não devia se dedicar mais à família. No ano passado, tomou a decisão de treinar até as Olimpíadas mas ficou doente pouco antes do Mundial de Shangai, onde não chegou nem a semi final para defender seu título, e na volta para Flórida, onde treina, quebrou o nariz e os dedos em um acidente de moto. Ainda no Natal do ano passado, a atleta se perguntou se valia a pena continuar treinando.
Veja aqui a cobertura do dia 1 e dia 2 de finais.
Veja o vídeo da prova de 100 costas:
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