1- Recordes mundiais no pentatlo e heptatlo moderno

Ashton Eaton provou mais uma vez que é o homem a ser batido no Heptatlo, ao superar seu próprio recorde mundial por 77 pontos, agora em 6645. Foi o terceiro recorde mundial de Eaton em três anos. Ele venceu cinco das sete provas e ficou 574 pontos a frente do segundo colocado, Oleksly Kasayanov, maior margem de diferença da história do Mundial Indoor. No feminino, a ucraniana Natallia Dobrynska se tornou a primeira mulher do mundo a bater os 5.000 pontos no Pentatlo moderno, marcando 5.013 pontos para vencer a prova e estabelecer o novo recorde mundial. A ucraniana é campeã olímpica da prova, que em Istanbul teve um alto nível técnico – a segunda colocada, a britânica Jessica Ennis (campeã em Doha, em Berlim-2009, e prata em Daegu-2011), fez a terceira maior pontuação de todos os tempos com os 4.965 pontos que lhe valeram a prata.

2-  Mauro da Silva

O brasileiro, conhecido como Duda, levou o ouro no salto em distância ao saltar duas vezes para 8,23m. Duda, que treina com Aristides Junqueira, afirmou após a prova que a vitória deu confiança extra para ele em Londres, sobretudo pelos 8,28m que marcou nas eliminatórias, melhor marca do ano e ainda por ter tido um erro no penúltimo salto, ficando a cerca de 20 cm da tábua, que se acertado poderia ter dado um salto na casa de 8,40m.

3- Brittney Reese

Brittney Reese é a mulher a ser batida hoje no salto em distância. Ao vencer a prova em Istanbul, a Americana acumula quarto títulos consecutivos em Mundiais Indoor/outdoor, vencendo os principais torneios desde 2009. A marca obtida, 7.23m, é o recorde Americano da prova e indica que Maurren vai ter trabalho em defender seu ouro olímpico – ela saltou 7.01m para o ouro  em Pequim. A marca foi a terceira melhor da história indoor e o melhor salto indoor do mundo em 23 anos.

4-  Sally Pearson

Depois de levar o título indoor no 60m com barreiras, só falta uma coisa para Sally Pearson, que também venceu ano passado em Daegu: o ouro olímpico no 100 com barreiras. A atleta foi prata em Pequim, perdendo para a Americana Dawn Harper, que foi bronze no Mundial do ano passado. O técnico de Pearson, Sharon Hannah, está otimista com a preparação da atleta, e afirmou que o 7.73 com que venceu em Istanbul é equivalente a 12.36 na prova olímpica de 110 com barreira, tempo que fez na semifinal do Mundial ano passado. Além do ouro em Londres, Pearson corre em busca do recorde mundial da búlgara Yordanka Donkova que perdura desde 1988, com 12.21 segundos –a australiana está a sete centésimos da marca.

5- Valerie Adams

A neozalandesa Valerie Adams tem um currículo invejável – é a atual campeã olímpica da prova, tem três ouros e um bronze em Mundiais outdoor e dois ouros e uma prata em indoor, já contando o título conquistado na Turquia, depois de arremesar 20.54m. A atleta de 1.92m de altura havia perdido o mundial indoor em Doha para a principal rival, Nadzeya Ostapchuk, da Bielorússia, que dessa vez foi prata. As duas devem ser os principais nomes a brigar pelo ouro em Londres.

6-    Sanya Richards

A norte-americana venceu o 400m com 50.79 e mais uma vez chegará aos Jogos Olímpicos como favorita. Em Pequim, classificou em primeiro nas eliminatórias e na semifinal, começou na frente na final mas não aguentou o ritmo forte com que iniciou a prova e acabou ficando com o bronze. Desde então, foi ouro em Berlim (na prova e no revezamento 4×400), sétima em Daegu.

7-   4×400 feminino

O quarteto briânico formado por Shana Cox, Nicola Sanders, Ohuruogu e Perri Shakes-Drayton levou o revezamento 4×400 feminino fechando uma participação relevante da equipe que sediará os Jogos, com 9 medalhas, sendo dois ouros, três pratas e quatro bronzes, melhor resultado em Mundiais Indoor desde as 7 medalhas em 2003. A marca de 3’28’’76 é a melhor do ano e as atletas comemoraram muito o título, que teve como principal destaque a campeã olímpica em 2008, Ohuruogu, que ano passado em Daegu queimou a partida e foi desclassificada na prova individual. A atleta, a terceira do revezamento a correr, recebeu o bastão em terceiro lugar e entregou para Perri na frente, que concluiu para o ouro.

8 – Mohammed Aman

O etíope de 18 anos Mohammed Aman venceu a prova de 800 metros com 1’48’’36 e declarou que tem grandes ambições para Londres – apesar da tradição da Etiópia nas provas de longa distância, na prova de 800 metros o país não tem nenhum medalhista olímpico ou mundial. Aman chega como um dos favoritos à prova em Londres, tendo como principal rival o queniano David Rudisha, que em 2010 bateu o recorde mundial da prova que já durava 13 anos.

9 – Vitória grega

Dimitrios Chondrokoukis surpreendeu ao vencer o salto em altura com 2.33 metros, deixando para trás os russos Andrey Silnov (campeão olímpico) e Ivan Ukhov (campeão em Doha).

 10 – Isinbayeva

Os 4.80 metros em si não foram nada de espetacular, mas Isinbayeva comemorou muito o primeiro título das principais competições desde as Olimpíadas de 2008. Em entrevista após a prova, a russa exaltou o gosto da vitória depois do período ruim, dizendo que agora elas parecem muito mais especiais. Isinbayeva chegou a tentar o recorde mundial (5,01m, estabelecido por ela mês passado), colocando o sarrafo no de 5,02m, mas falhou nas três tentativas.