O Brasil será representado por dois atletas na canoagem velocidade nas Olimpíadas de Londres, Erlon Souza e Ronilson Oliveira, que competem em dupla na prova de C2-1000 metros. Não há mais vagas em disputa na modalidade, mas há chance de Niválter Santos, que ficou a uma posição da classificação nos dois torneios que serviram como pré olímpico (Mundial e Jogos Pan Americanos), conseguir uma vaga.
Entendendo a modalidade
São duas classes na canoagem velocidade: canoa e caiaque. Na canoa, disputada exclusivamente por homens, os competidores estão ajoelhados na embarcação, usando um remo de uma pá para se projetar para frente; no caiaque, os competidores ficam sentados no barco, e usam as duas pás do remo.
São 12 provas olímpicas, três de canoa e nove de caiaque. As de canoa são C1-200m, C1-1000m e C2-1000m, onde o C indica a embarcação, o 1 e 2 representam o número de atletas no barco, e a distância se refere ao percurso total da prova. São quatro provas individuais de canoa (K, sigla para o nome em inglês): K1-200m (feminino e masculino), K1-1000m masculino K1-500m feminino; três provas de duplas: K2-1000 m masculino, K2- 200m e K2-500m no feminino; e duas em quartetos, o K4-1000 metros para os homens e K4-500m para as mulheres.

Prova de canoa é a mais forte do Brasil

Caiaque não terá brasileiros nas Olimpíadas
Brasil
Atualmente, o Brasil está mais forte na canoa, com um 14o lugar na última edição olímpica, com Nivalter Santos, e resultados mais consistentes em torneios internacionais. No caiaque, não há nenhum brasileiro classificado para Londres, repetindo a ausência de Pequim.
A grande expectativa da dupla de Erlon e Ronilson é fazer final em Londres. A última vez que isso aconteceu foi com Sebastian Cuattrin, nas Olimpíadas de 1996. O argentino naturalizado brasileiro foi o primeiro representante do Brasil em Olimpíadas, quatro anos antes em Barcelona, e também estive em Sidney e Atenas, quando não chegou às finais.
No último mundial, Erlon e Ronilson ficaram em quarto lugar na final B desta prova, e chegaram à final A do C-2 200m, prova que não é olímpica. Há duas semanas, os dois foram campeões do panamericano de canoagem realizado no Rio de Janeiro nas duas provas. Uma semana antes, os dois sagraram-se campeões das provas em Torneio realizado na Itália.
O caso Niválter
Niválter Santos compete na categoria c1-200m. O atleta vinha de uma boa evolução no ciclo olímpico, tendo ficado em oitavo no último Campeonato Mundial, que dava vaga para os sete primeiros. No PAN,que dava vaga apenas para o campeão, Niválter foi segundo colocado, atrás do canadense Richard Dalton por menos de três décimos. Assim, Niválter é o primeiro reserva tanto pelo Mundial como no continente, e pode ser que ele consiga uma vaga, assim como ocorreu em Pequim, quando competiu após um africano abrir mão de ir aos Jogos.
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