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  • A grama do vizinho

    18/06/2012 por Guilherme Daolio em Notícias, Opinião, Tênis / Sem comentários

    Começou nesta última semana o que talvez seja a mais importante temporada de grama dos últimos anos. Sabemos que o piso muito veloz está quase sumindo do circuito e as atenções se voltam apenas para Wimbledon, o terceiro Grand Slam da temporada. Neste ano, teremos além dos poucos e tradicionais torneios sobre o piso verde, as Olimpíadas, que serão disputadas no mesmo complexo de Wimbledon. Por isso as atenções estão todas voltadas para o piso mais tradicional do tênis.

    Cilic com a taça após desclassificação de Nalbandian

    São poucos os tenistas que hoje são especialistas na grama. Roger Federer, sem dúvida, é o maior deles. Jogadores com um bom saque também se dão bem sobre o piso, apesar de Rafael Nadal e seu jogo de base já terem faturado duas taças em Londres. Novak Djokovic tenta defender o título no piso sagrado.

    Nesta primeira semana tivemos o tradicionalíssimo torneio de Queens, em Londres, e Halle, na Alemanha. Em uma chave forte, comandada por Andy Murray e Jo-Wilfried Tsonga, Queens viu a decisão entre David Nalbandian – finalista de Wimbledon há 10 anos – e Marin Cilic, croata dono de um potente serviço. Em um ato lamentável, o experiente argentino – que havia vencido o primeiro set – se irritou e desferiu um chute no cercado em que fica o juiz de linha, machucando o assistente. Seguindo as regras do esporte, o supervisor geral desclassificou Nalbandian e o título ficou com Cilic. Papelão do Hermano.

    Nadal e Federer optaram por jogar em Halle. O espanhol se despediu nas quartas, perdendo para o atual campeão Philipp Kohlschreiber, outro que costuma se dar bem na grama. Federer encontrou dificuldade com Milos Raonic nas quartas, mas avançou até a final, onde foi surpreendido por Tommy Haas e seus 34 anos de idade. O suíço não perdia para o adversário desde 2002. Nada que tire seu favoritismo sobre o piso.

    Tommy Haas vence Federer e fica com a taça em Halle

    A queda dos grandes favoritos não é de espantar tanto assim. É sabido que a transição do saibro para a grama é muito complicada. Do piso mais lento para o mais rápido do tênis. Nadal, Federer, Tsonga e Murray jogaram até os últimos dias na terra batida de Paris antes de chegarem ao novo desafio. Com o passar da semana e das exibições, eles têm tudo para ser soberanos em Wimbledon, no final do mês, ao lado de Djokovic. Entre os nomes que podem incomodar estão Kohlshreiber, Florian Mayer, Bernard Tomic, Grigor Dmitrov e Raonic. Juan Martín Del Potro e Tomas Berdych também devem ir longe na Inglaterra.

    Raquetadas – Thomaz Bellucci está cada vez mais longe das Olimpíadas de Londres. Em 76º no ranking da última semana, o brasileiro precisa de sete desistências para entrar na chave principal. Os 56 classificados foram conhecidos no início da semana e Bellucci, com a queda precoce em Roland Garros, ficou de fora. A Confederação Brasileira de Tênis enviou ao Comitê Olímpico Internacional um pedido de convite para o paulista. Oito serão distribuídos, mas normalmente vão para tenistas com bagagem no circuito, o que não é o caso de Bellucci. Uma pena.

     

    Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.

    O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.

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