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  • O porquê de Sasaki ter sido a melhor escolha

    13/07/2012 por Cedrick Willian em Ginástica Artística, Notícias, Opinião / Sem comentários

    No último Mundial pré-olímpico de Ginástica Artística, em outubro de 2011, o Brasil conquistou duas medalhas na competição masculina: prata de Arthur Zanetti nas argolas e bronze de Diego Hypólito no solo. As colocações conquistadas pelos ginastas deram o direito aos ginastas de competirem em Londres, de acordo com as regras da Federação Internacional de Ginástica. Além disso, a equipe brasileira ficou na 13ª colocação, o que deu o direito da equipe competir novamente, dessa vez no Evento Teste que aconteceu em Londres, em janeiro desse ano.

    Na ocasião, o Brasil competiu sem 3 ginastas importantíssimos pra equipe: Diego Hypólito e Victor Rosa. Apesar disso (e graças ao excelente momento da ginástica masculina do Brasil), tivemos bons ginastas para completar a equipe desfalcada. Entretanto, alguns erros cometidos pela equipe acabaram por colocá-la de fora dos Jogos. Passamos bem perto de classificar uma equipe completa, mas não foi dessa vez! Ainda assim, a colocação conquistada pela equipe na competição (5º lugar entre as 8 equipes que competiram) deu direito ao Brasil levar apenas mais um ginasta aos Jogos Olímpicos. Só que essa vaga não tinha nome, como a de Diego e Arthur. Essa vaga era do Brasil e caberia ao país escolher esse ginasta, que se juntaria aos outros dois já classificados para compor a maior participação masculina da ginástica do Brasil em uma edição dos Jogos. E o escolhido foi Sérgio Sasaki.

    Eu não tinha dúvidas quanto a essa escolha, e isso desde o momento em que a vaga foi conquistada… A única coisa que colocava em xeque a escolha de Sasaki era a sua integridade física. Logo após o Mundial pré-olímpico, numa reunião com todos os responsáveis, decidiram por operar o pé de Sasaki, que sofria com lesão desde o começo do ano. A dúvida quanto à escolha dependia, única e exclusivamente, da recuperação dele. E foi aí que a história teve um fim: Sasaki se recuperou a tempo e foi decidido que ele será o 3º representante do Brasil nos Jogos. Mas, por quê? Por que essa participação tão certa?

    Sérgio Sasaki é o melhor ginasta individual geral do Brasil de todos os tempos. O potencial dele já era claro desde quando era um ginasta juvenil.  No Pan-americano juvenil, em 2009, a equipe brasileira foi campeã pan-americana, deixando os Estados Unidos na segunda colocação. Sérgio somou nessa equipe com as melhores notas e nas finais individuais ainda foi ouro no individual geral, no solo, no salto e na paralela, além de bronze nas argolas.

    Passado a categoria juvenil, Sérgio Sasaki começou na categoria adulta. E já chegou fazendo história! Sérgio foi 19º colocado no individual geral do Mundial de 2009, marca nunca conseguida pelo Brasil antes. Em 2011, na Copa do Mundo de Doha, Sasaki foi ouro no salto e prata no solo, com 16,012 e 14,550 respectivamente. 16,012 colocaria Sasaki na 14ª colocação do aparelho no Mundial de 2011.

    Nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, Sasaki pontuou 87,700 na competição classificatória do individual geral. No Mundial pré-olímpico, que aconteceu poucas semanas antes do Pan, Sasaki não competiu solo e salto, ainda por causa das dores no pé. No entanto, a pontuação de 87,700 o teria colocado na 13ª colocação da final, e seria essa a nova marca histórica para o Brasil, melhor que a 19ª colocação conseguida por ele mesmo em 2009.

    Recuperado e em ano olímpico, a tendência é que as séries estejam mais difíceis e melhores do que em 2009. Por isso escolheram Sasaki! A esperança é que Sasaki aumente suas notas, principalmente no solo e no salto. Consequentemente, ele aumentará sua nota final do individual geral! Se Sasaki conseguir entrar para a final olímpica do individual geral, o fato, por si só, já será histórico. Mas ele quer mais: em entrevista recente, ele afirmou a vontade de estar entre os 12 primeiros colocados da final. Além disso, eu acredito na possibilidade de outra final olímpica: Sasaki tem uma execução excelente no salto sobre a mesa e, aumentando a dificuldade do segundo salto (ele tem que apresentar dois saltos diferentes para chegar a final), ele pode estar na final. Para tudo isso, faltam apenas duas semanas… Até lá, o que nos resta é torcer!

    Ginasta dos 11 aos 19 anos, Cedrick Willian respira ginástica artística. Tanto é que fez de sua paixão uma profissão e se graduou em Educação Física,  na Universidade Federal de Uberlândia, pela qual é bacharel e licenciado, e especializou-se em Ginástica Artística pela Universidade Gama e Souza, no Rio de Janeiro. Assume precisar de uma dose diária de ginástica para manter o vício.

    Nosso colunista é autor do blog esportivo Gym Blog Brazil, principal referência da ginástica artística no país. Leia o blog no endereço: http://gymblogbrazil.blogspot.com.br/

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