Bruno Soares realmente vive uma grande temporada. Após começar o ano com o americano Eric Butorac e faturar o caneco no Brasil Open, o tenista mineiro alternou parceiros até se juntar com o austríaco Alexander Peya. No primeiro torneio juntos alcançaram a decisão em Bastad, no segundo foram até as quartas do US Open e agora triunfaram em Kuala Lumpur. Nada mal para uma dupla formada há tão pouco tempo.
E 2012 ainda contou com ótimas apresentações de Bruno ao lado do antigo parceiro Marcelo Melo na Copa Davis. Hoje podemos dizer que nossa dupla é o ponto mais garantido do Brasil. Isso sem falar no espetacular título de duplas mistas no US Open ao lado da russa Ekaterina Makarova, que o colocou na seleta lista de cinco brasileiros a levantar uma taça dos quatro maiores torneios do tênis.
Os bons resultados são reflexo do trabalho duro que Bruno vem fazendo há tempos. Como a maciça maioria dos jovens que buscam um lugar ao sol no esporte, o começo foi em simples. Por conta de sua baixa estatura e dos bons resultados nas parcerias, a “especialização” foi quase espontânea. Mas o que mais chama a atenção no tenista mineiro é sua versatilidade e capacidade de acumular experiência por onde passa.
Quando se juntou ao ótimo duplista Kevin Ullyet, em 2009, Bruno alcançou seu melhor ranking. A experiência que o antigo e rodado parceiro havia adquirido em tantos anos de circuito foram ponto chave para o brasileiro crescer mentalmente e evoluir seu nível dentro de quadra. A décima quarta colocação na lista mundial o colocou como um dos melhores duplistas da atual geração. Com Melo, os resultados também apareceram, mas por divergências de pensamentos resolveram seguir caminhos diferente.
Aos 30 anos de idade, Bruno Soares levantou neste domingo seu sétimo título de nível ATP da carreira. Ele ainda soma outras nove vice-campeonatos. Hoje é o vigésimo melhor duplista do mundo e já ultrapassou a quantia de um milhão de dólares em premiação. Uma posição a frente no ranking está o antigo companheiro e amigo Marcelo Melo, que experimentou vários parceiros durante a temporada e teve os melhores resultados ao lado do croata Ivan Dodig, que também joga em simples. Não é por nada, mas seria muito prazeroso e muito bom para o desenvolvimento do tênis brasileiro ter os dois juntos novamente.
No país de Maria Esther Bueno e Gustavo Kuerten, os melhores resultados em alto nível na atualidade aparecem nas duplas, semana após semana. É a geração mineira de duplistas que começou com André Sá e continua muito bem com Bruno e Marcelo.
Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.
O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.
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