Na última semana o destaque da natação brasileira foi o Chico Piscina, uma das competições mais legais das categorias de base do Brasil. Os atletas costumam gostar muito da competição, que tem transmissão do SporTV e pelo modelo de defender as equipes de seus estados. Seleções tradicionalmente fortes como a paulista (que foi campeã pela 12a vez consecutiva), carioca e mineira tem seletivas fortes e acabam reunindo o melhor de cada estado, promovendo integração entre atletas de clubes diferentes.

O nível técnico é semelhante ao campeonato brasileiro – alguns não chegam a descansar tanto para essa competição, principalmente os juvenis que já nadam absoluto – mas todos os aspectos da competição tornam o Chico uma competição muito especial.

23''01 com 16 anos é forte mesmo

O grande destaque, que até furou a mídia especializada em natação e chegou aos portais, foi mesmo Matheus Santana e seus 23”01. Mais do que bater o recorde de César Cielo de novo, o tempo é muito forte comparado aos melhores dessa idade em países como EUA, Austrália e França – estou preparando um levantamento dos tempos ao redor do mundo que sairá na estreia da minha coluna no site Brasil no Rio.

Destaco também André Augusto, que nada costas. Infantil 2 do Corinthians, André nadou para 58”81, mas já tem 58”26, tempo que fez no Brasileiro em julho, e não duvido nada que baixe para a casa dos 57”. Os tempos são muito fortes. Muito legal o 1’12”02 de Giovanna Dorigon no 100 peito (sim, muitas atletas das categorias de base nadam abaixo de 1’15 desde o infantil mas não conseguem evoluir nos outros anos e ser o destaque feminino no estilo, mas quem sabe com Giovanna não será diferente?)

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Hoje começou a Copa do mundo de curta. São sete etapas no total, a de estreia acontecendo em Dubai, na mesma piscina onde aconteceu o Mundial de curta em 2010. Competição tem uma coisa legal para os atletas: a premiação em dinheiro. A maioria dos grandes nomes da natação não participa, mas não tem mais essa história de que nadador que vai bem em Copa do Mundo de curta não dá nada nas grandes competições de longa. Um exemplo é Chad Le Clos, rei da Copa do Mundo do ano passado, campeão olímpico do 200 borboleta provocando “só” a primeira derrota de Phelps nessa prova desde 2001. Ele participa da competição esse ano de novo. Hoje já teve final do 50 peito, e Cameron Van der Burgh ganhou com 26”64; França fez 26”52 no Finkel em agosto.

Rei da Copa do Mundo em 2011 e algoz de Phelps seis meses depois

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Ari não é mais técnico do Pinheiros – agora o clube anunciou oficialmente o fim do contrato com o técnico. Ari sempre foi técnico dos atletas de peito e assumiu como Head Coach quando Albertinho saiu para o PRO-16, no começo do ano passado. A partir de agora, Amem passa a ser o técnico principal. Há sete anos no Pinheiros, ele já treinou o infantil, juvenil e atletas da equipe principal. De acordo com o Blog do Coach, Ari vai anunciar em breve que treinará alguns atletas de forma individual e específica.

A pergunta que fica é: com quem treinará Felipe França, principal “pupilo” do técnico? E Fratus, que também treinou com ele para as Olimpíadas? Outra dúvida: o Pinheiros não permitiu que os atletas que integraram o PRO-16, ano passado, continuassem defendendo o clube. A maioria acabou indo para o Flamengo, que os acolheu. Dessa vez, o Pinheiros vai deixar atletas treinados por Ari competirem pelo clube?

Beatriz Nantes é criadora do Esporte em Pauta, atleta até os 17 anos e apaixonada por natação desde que se entende por gente