O Ginásio do Ibirapuera recebeu pela segunda vez seguida o ATP Challenger Finals, que reuniu os sete melhores do ano nos torneios desse nível e um convidado da casa, Thomaz Bellucci. Como tem sido de praxe em São Paulo, o torneio foi muito bem organizado e recebeu elogios dos atletas. O público ficou muito abaixo do esperado, inclusive fazendo com que os organizadores cobrissem as arquibancadas superiores para não aparecer o vazio na televisão.
Os fãs de tênis esperavam ver Bellucci fechar o ano com um título e se garantir entre os cabeças de chave no Australian Open. Com um ranking muito superior que os outros jogadores, o brasileiro entrou com total favoritismo, mas perdeu na estreia para o bom argentino Guido Pella, que mais tarde viria a levantar a taça e entrar pela primeira vez no top 100. Antes de seu segundo jogo, Bellucci desistiu alegando bursite no ombro. Nada grave, mas preferiu se poupar para a exibição com Federer no próximo final de semana.
Em seu lugar entrou ouro brasileiro, o experiente Thiago Alves. Sem o mesmo carisma e técnica do número um nacional, não cativou o público e não levou muita gente aos seus jogos. Venceu um e perdeu o outro. Além de Pella, destaque também para o esloveno Aljaz Bedene, que mostrou muita personalidade e alcançou as semifinais. Tem jogo e cabeça para evoluir bastante em 2013. O vice-campeão foi o romeno Adrian Ungur, com seu tênis sempre pragmático, mas que funciona muito bem nesse nível.
Elogios também para o complexo do Ibirapuera. Tudo muito bem organizado, várias pessoas da organização para indicar e ajudar os torcedores, lanchonetes com preço salgado e comida boa e a quadra em estado perfeito. Com transmissão do Band Sports e Sportv e boa repercussão, o torneio mostrou que deve continuar no Brasil por um bom tempo. A sala de imprensa nos mesmo moldes do Brasil Open também não deixou a
desejar, mas por conta dos poucos profissionais que ali estiveram, as coletivas foram trocadas por bate-papos informais na porta do vestiário.
Que venha o próximo e com mais brasileiros. Devemos ter brasileiros brigando pelas sete vagas no ano que vem. Guilherme Clezar, Fabiano de Paula e Leonardo Kirche são boas apostas para terminar a temporada 2013 em São Paulo. Se conseguirem melhores resultados fora do Brasil podem sim participar no ano que vem. Thiago Alves, com um calendário mais bem elaborado, também pode pintar.
Deixe um comentário