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  • Depoimento: a proximidade de um ídolo

    10/12/2012 por Guilherme Daolio em Notícias, Opinião, Tênis / Sem comentários

    Nunca fui aquele cara que corre atrás de seus ídolos atrás de um autógrafo ou de uma fotografia. Que faz loucuras, compra camisetas, pinta faixas, grita até acabar a voz ou viaja atrás da pessoa admirada. Sempre gostei, é claro, de ver as pessoas que valorizo de perto. Lembro muito bem quando vi Gustavo Kuerten, Romário, Ronaldo, Gustavo Borges e Magic Paula atuando. Não me esqueço também de quando vi em minha frente ídolos do passado como Basílio, Nelson Prudêncio, Maria Esther Bueno e até o rei Pelé.

    Neste domingo tive a felicidade de acompanhar o último jogo da excursão de Roger Federer pelo Brasil. Graças a generosidade de um grande amigo e a liberação do plantão de um grande chefe, pude estar no Ginásio do Ibirapuera para ver de perto o maior tenista de todos os tempos. E a sensação não poderia ter sido melhor. Um daqueles esportistas de outro mundo ali, a poucos metros. Não seria fácil saber lá na frente que eu tinha perdido essa oportunidade.

    Um criança no Parque da Mônica. Talvez essa seja a melhor definição para a sensação de estar no jogo do maior vencedor de Grand Slam de todos os tempos. A partida foi contra o alemão Tommy Haas, um dos poucos no circuito que ainda adotam o estilo clássico dentro de quadra, o que só engrandeceu ainda mais o espetáculo.

    Para mim e para todos os outros presentes, o resultado era o que menos importava nessa exibição. O fato de estar vendo ao vivo um dos maiores esportistas da história era o que realmente valia. As grandes jogadas, as brincadeiras, a incrível facilidade do astro maior em colocar a bolinha do outro lado da quadra. Como diria um outro amigo, parece que a raquete faz parte do corpo de Federer, tamanha facilidade que ele tem para golpear a bola.

    Federer distribuiu sorrisos, acenos e risadas ao público. Muito simpático tirou fotos e distribuiu autógrafos a todos que o esperaram. Foi totalmente solícito com os jornalistas e se provou um lord, como dizem por aí. Mais importante do que isso é o bem que faz para o tênis. Lógico que ganha bastante para estar aqui, mas poderia simplesmente jogar e ir embora. Fez questão de cumprir uma agenda cheia, visitar comunidades e bater bola com ídolos nacionais. Um Roger diferente daquele que vemos durante todo o ano.

    O calor infernal que tomou conta da cidade, o trânsito caótico nas redondezas do ginásio e os preços salgados para se alimentar no evento não importaram nem um pouco. Em quatro dias de evento foram mais de 35 mil pessoas no Ibirapuera. Isso sem contar as outras milhares que correram atrás de Federer, Sharapova, Wozniacki, Tsonga, Serena e Azarenka em outros eventos espalhados pela cidade. A melhor forma possível de se desenvolver o esporte é essa. Trazendo os ídolos maiores para perto do público, do povo, das crianças que ainda escolhem qual sua modalidade favorita. Um dia muito especial para o esporte e para os fãs de tênis. Um dia inesquecível para este que vos escreve.

    Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.

    O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.

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