No sexto dia de disputas do Brasil Open no complexo do Ibirapuera, o público mais uma vez foi o destaque. Apenas na segunda e na quarta-feira o ginásio não recebeu lotação máxima. Ótimo para o evento e para os atletas, mas também preocupante ver centenas de pessoas espremidas, nas escadas, em pé ou em locais que não eram para estar. Não é possível afirmar que foram vendidos mais ingressos do que poderia, mas não há dúvida que haviam mais de 9.300 pessoas neste sábado acompanhando o torneio.

A primeira semifinal colocou o experiente David Nalbandian frente a frente com o italiano Simone Bolelli. Com o apoio do público e a técnica afiada, o argentino venceu em sets diretos e se garantiu na decisão. Ex-número 3 e hoje apenas 93 do ranking mundial, Nalba tenta encerrar um incômodo jejum de 31 meses sem títulos no circuito. Ele vai em busca de sua 12ª taça na carreira.

Mas a missão não deve ser nada fácil, já que do outro lado da quadra estará ninguém mais ninguém menos que Rafael Nadal. O principal favorito teve mais um jogo duro em São Paulo, mas conseguiu despachar Martin Alund, a maior surpresa do torneio. O espanhol melhorou o saque, mas continua sem confiança na hora de apoiar o joelho para bater o backhand, justamente seu principal golpe. Tentou encurtar ao máximo os pontos, mas admitiu na coletiva que as dores o incomodaram bastante hoje e deixou no ar a possibilidade de uma desistência. Deve entrar em quadra e, como sempre, dar seu máximo. Resta saber se será suficiente. No confronto direto com Nalbandian, leva vantagem de 4×2.

Antes da final de simples, Bruno Soares tentará o tricampeonato do Brasil Open. Dessa vez ao lado do austríaco Alexander Peya, o mineiro tenta a sorte contra a forte duplas formada pelo tcheco Frantisek Cermak e o eslovaco Michal Mertinak. Bruno saiu com o título nas últimas seis finais que disputou. Que venha o sétimo para abrir o domingo com uma vitória brasileira. O Esporte Em Pauta acompanhará as duas decisões in loco.

Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.

O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.