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  • O Touro voltou

    17/03/2013 por Guilherme Daolio em Notícias, Opinião, Tênis / Sem comentários

    Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre as condições de Rafal Nadal, com certeza não tem mais. Talvez o fato de não ter disputado um torneio na quadra dura deixasse muitos incertos sobre o real estado de seu joelho. Pois bem, todas as desconfianças foram pelo ralo.

    Neste domingo, o espanhol conquistou o título do Masters 100 de Indian Wells, considerado um dos seis maiores torneios do circuito. Durante a semana passou por nomes consagrados na quadra rápida como Roger Federer, Tomas Berdych e Juan Martin Del Potro. Agressivo, esbanjando preparo físico, sem dores no local da lesão e, o mais importante, extremamente confiante. E quem gosta de tênis sabe o que acontece quando Nadal está com a confiança em alta.

    Nadal levantou o 22º Masters 1000

    Nadal teve todas as situações possíveis durante o torneio, o melhor teste que poderia existir. Um jogo fácil na estreia contra Ryan Harrisson para pegar ritmo na rápida. Uma desistência de Leonardo Mayer, que testou sua paciência e dois dias sem jogos. Um duelo contra o embalado Ernest Gulbis, que foi pra cima sem nada a perder. O reencontro – e o passeio – com o melhor de todos os tempos nas quartas de final. Uma semi diante de Tomas Berdych, que joga agressivo como poucos atualmente. E uma final de altíssimo nível, em que saiu atrás e virou pra cima de Del Potro. Duas horas e meia debaixo de sol forte, aguentando a poderosa direita do argentino, contra-atacando muito bem e subindo à rede com sabedoria. O joelho? Nem lembrou…

    Com o 22º troféu de Masters 1000 da carreira, se isola como o maior vencedor de torneios desse nível, a frente de Roger Federer. De quebra, derruba um tabu de 29 meses sem títulos na quadra rápida. O último havia sido no ATP 500 de Tóquio, em outubro de 2010. Com a terceira taça em 2013, Nadal chega a 53 na carreira, aos 26 anos. Foi a vitória de número 600 em sua vitoriosa trajetória. Ele também retorna ao quarto lugar do ranking, ultrapassando o compatriota David Ferrer. A premiação de um milhão de dólares quase passa desapercebida com tantos números.

    Nadal volta na temporada de saibro

    Para recuperar o fôlego e se preparar para a temporada europeia de saibro, onde defende resultados impressionantes, Nadal desistiu do Masters 1000 de Miami, na próxima semana. Ele alcançou as semifinais na última temporada e nunca levantou a taça na Flórida. O canhoto de Mallorca volta a ativa no Masters 1000 de Monte Carlo, onde defende o título, assim como no ATP 500 de Barcelona, Masters 1000 de Roma e em Roland Garros. Joga também o Masters 1000 de Madrid, torneio em que caiu cedo na última temporada e reclamou muito do saibro azul.

    Uma semana importante não só para Nadal, mas para o esporte. O retorno do Touro Miúra após sete meses afastado é espetacular. Quatro torneios, quatro finais e três títulos. O único teste que lhe falta é Novak Djokovic, que talvez tenha nessa temporada a melhor chance de conquistar em Roland Garros o único Grand Slam que ainda não levantou. Os fãs de tênis agradecem.

     

    Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.

    O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.

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    • rafael nadal
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