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  • Daynara de Paula: “Estou fazendo diferente para não ter os mesmos resultados”

    26/03/2013 por Beatriz Nantes em Natação, Notícias, Personagens / Sem comentários

    Aos 23 anos, Daynara de Paula já é uma das nadadoras mais experientes do país. Presente nas últimas duas Olimpíadas nadando provas individuais (em Londres, foram apenas quatro índices individuais no feminino), a nadadora é detentora de dois recordes sul-americanos e foi finalista no Mundial de 2009, em Roma.

    Daynara é um dos reforços da nova equipe do SESI

    Natural do Amazonas, Daynara se mudou aos dois meses de idade para Jacareí, onde começou a nadar, defendendo o Trianon Clube – chegou a nadar um ano pelo Vasco da Gama, quando era infantil 2. Aos 15 anos, na categoria juvenil 1, mudou para o São Caetano, clube que defendia quando se classificou para as Olimpíadas de Pequim, em 2008.

    Daynara passou depois pela Unisanta, Minas Tênis Clube e Flamengo, e desde o início do ano integra a equipe do SESI, que investiu forte na equipe feminina para esse ano – além dela, foram contratadas Etiene Medeiros, Jessica Cavalheiro, Ana Marcela Cunha e Fernando Vanzella para comandar o time, que conta ainda com vários nomes fortes da nova geração, como Bruna Primatti e Patrícia Neumann.

    Veja a seguir entrevista com a nadadora, que falou sobre os objetivos para o ano e sua mudança de postura. “Uma frase que me marcou este ano foi ‘Se você fizer sempre a mesma coisa, vai ter sempre o mesmo resultado”’.

    :: Veja aqui todas as entrevistas do Especial Nadadoras.

    Como estão indo os treinos no SESI? Já se adaptou bem à nova casa?
    Eu estou muito feliz. Me adaptei sim, primeiro porque já conhecia o técnico, e segundo que o grupo é muito divertido. Estamos com uma equipe forte de pessoas focadas no mesmo objetivo.

    Além do SESI, que montou uma equipe muito forte, a CBDA também tem feito esforços pela natação feminina, com realização de clínicas e iniciativas de treinamento em conjunto de nadadores experientes e da nova geração. O que você achou disso?

    Eu fiquei muito contente, já deviam ter feito isso há muito tempo, achei ótimo. Ainda bem que começou. Isso vai ser importante no feminino, e também vai incentivar a termos mais atletas, não só de alto rendimento, mas praticantes mesmo. A natação aqui, comparado a outros países, ainda tem poucos atletas.

    Como é sua rotina de treinos? Vai fazer algum treinamento de altitude esse ano?
    Treino de segunda a sábado, fazendo entre 9 a 11 sessões de treino por semana. Ainda não temos treinamento de altitude previsto. Talvez pode ter depois do Maria Lenk, mas por enquanto estamos pensando na competição, que acontece daqui a um mês.

    Crédito: Al Bello/Getty Images North America

    Você é especialista em borboleta, mas também nada bem as provas de velocidade de crawl. Qual sua expectativa para o Maria Lenk e como você está pensando no programa de provas?
    Eu gosto de nadar as duas provas. Sempre priorizei o borboleta, e não sei porque o crawl também sai. Mas a prioridade é o borboleta. No Maria Lenk vou nadar o 50 e o 100, e tentar o índice nas duas, porque no Mundial também tem prova de 50 estilo.

    Qual o principal objetivo competitivo para este ano?
    O objetivo principal é o Maria Lenk, fazer o índice para o Mundial [58''89], voltar a nadar para 58’’ou 57’’, e depois no Mundial ficar ente as melhores do mundo, para em 2016 já estar mais acostumada.

    Você acha que talvez tenha sido isso que faltou nas Olimpíadas de Londres, onde você não conseguiu melhorar seu tempo?
    Eu não sei o que faltou nas Olimpíadas de Londres. Até hoje eu paro e penso no que aconteceu, e nao tem explicação. Mas esse ano uma frase que mexeu muito comigo foi “Se você fizer sempre a mesma coisa, vai ter sempre o mesmo resultado”. Então eu tenho mudado um pouco mais, até minha conduta, levando a dieta mais a sério, sendo mais profissional, fazendo as coisas diferentes, para não fazer tudo igual e ter o mesmo resultado que eu vinha tendo.

    Como você avalia a participação no Mundial de curta, em que chegou à final do 100 borbo e a semi do 50 borbo?
    Eu adorei! Fui finalista, pelo ano que eu estava fiquei muito surpresa. Meu melhor tempo na curta é 56’, e não achei que fosse conseguir chegar em 57’ estava nadando muito mal. Foi uma boa surpresa, e me deu um gás a mais para o ciclo olímpico.

    Você travou por muitos anos uma boa disputa com a Gabriella Silva no 100 borboleta, o que  ajudava a motivar ainda mais as duas. Agora, com a aposentadoria dela, como você vê a disputa dessa prova? Vê novas meninas chegando, acha que o motivação está mais em você?
    Antigamente isso me ajudava mesmo. Agora eu nao estou mais focando nisso, mas sim tem mais meninas chegando. Estou focando na minha técnica, porque chegando nas Olimpíadas, não posso querer nadar com a Dana Vollmer, a gente tem estilos diferentes. Eu tenho que me basear em mim, não nos demais. Espero que tenha pessoas para ficar mais forte, mas estou me preocupando  mais comigo.

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