O GP Internacional São Paulo/Caixa de Atletismo, realizado ontem (16) no Ibirapuera em meio a temperaturas baixas (15 graus) trouxe uma noite de opostos para os dois maiores nomes do atletismo brasileiro na atualidade. Enquanto Maurren Maggi, campeã olímpica do salto em distância, teve uma boa performance, fazendo a terceira marca do ano com 6,85m, Fabiana Murer, campeã mundial do salto com vara, ficou com a segunda colocação com 4,50m, marca aquém do que ela mesma estava esperando.

O Brasil conquistou 22 medalhas na competição, oito ouros, oito pratas e seis bronzes. Esse foi o quarto GP do Circuito Brazilin Athletics Tour, que termina no domingo com a etapa do Rio de Janeiro, que acontecerá no Engenhão.

Fabiana, Maurren e nova geração
Fabiana  não gostou do resultado e disse não saber explicar o que aconteceu. “Acho 4,50 m um resultado ruim e pretendo fazer acima de 4,80 m. Estava um pouco dura, presa na hora da corrida”. Ela saltou para 4,85m ano passado quando venceu o Mundial de Daegu.

Já Maurren ficou muito feliz com a marca, pulando para a segunda posição do ranking mundial, atrás de Brittney Reese, que tem as duas melhores marcas da temporada (7,12m e 7,05m). ”Estou muito feliz por estar nesse nível no início da temporada”, disse a atleta, que vai a Londres defender seu título olímpico e terá em Reese sua principal adversária. A prata ficou com Keila Costa, com 6,68m, próximo do índice de 6,75m. Ela já tem índice para os Jogos no salto triplo. Interessante ver que a terceira colocada, Jéssica dos Reis, de 18 anos, reafirmou  seu índice para o Mundial Juvenil em Barcelona, com 6,43m – ela tem a segunda melhor marca do ano no mundo para a categoria, com 6,55m.

Perto do índice
Para muitos atletas, o frio prejudicou a busca por índice olímpico. Kleberson Davide venceu e ficou perto da marca no 800 rasos (1m45s92), assim como Rosângela dos Santos, a apenas sete centésimos do índice do 100 rasos, com 11.29.

Para dois atletas que já tem índice, a competição teve vitória sem tempos tão expressivos. Jonathan Silva venceu o salto triplo com 16,41m e disse que chegou a ficar com receio de forçar e sentir uma lesão por causa do frio. Ele tem a segunda melhor marca do mundo no ano, com 17m39. Ronald Julião, que já obteve índice no lançamento de disco, ganhou com 62,39m, à frente do cubano campeão panamericano Jorge Fernandez .

Entre os destaques internacionais, Dilshod Nazarov (Tadjikistão) venceu o lançamento de disco com novo recorde da competição (76,61m), assim como Jessica Cosby, dos EUA, no lançamento de martelo (72,05m). O queniano Joseph Kitur fez valer o domínio do país nas provas mais longas e venceu o 5.000m com novo recorde da competição, 13m50s96.