A chinesa Yuanhui Fu fez o melhor tempo da história sem trajes durante a temporada, marcando 27”22 no Campeonato Chinês. O tempo é muito forte e está a apenas 15 centésimos do recorde mundial, de sua conterrânea Zhao Jing. Aya Terakawa, a segunda do ranking mundial, vem melhorando muito desde que passou a focar em provas mais rápidas de costas. Prata em Shangai e medalhista olímpica em Londres-2012, ela é uma das favoritas.
Sem a norte-americana, atual bicampeã mundial, Ruta é a mulher a ser batida. Mas a tarefa não será fácil, como ficou claro depois da performance de Yulia Efimova no Universíade. Com 1’05”58, ela está muita próxima do tempo que Ruta fez em Monte Carlo e é o melhor da prova na temporada. Fica a expectativa para uma bela disputa e para alguma nadadora quebrando a barreira dos 1’05.
A prova é dominada por nadadores especialistas também no 50 livre, e também é provavelmente a única em que o Brasil tem chances reais de fazer uma dobradinha. O Brasil tem os atuais campeões mundiais de longa (Cesar Cielo) e de curta (Nicholas Santos), que estão entre os primeiros no ranking mundial este ano
Uma das provas com maior favoritismo no mundo hoje é o 200 costas feminino. Principal prova da estrela Missy Franklin, em que ela tem uma clara superioridade frente às demais (algo como o 200 borboleta era para Michael Phelps), foi nela que Missy sagrou-se campeã mundial pela primeira vez, em Shangai-2011. Não creio que ela encontre concorrentes à altura para chegar ao bicampeonato, mas fica a expectativa para a marca: será que ela consegue nadar para 2’03?
Há dez anos, quando Antje Buschschulte venceu a prova de 100 costas feminino no Mundial de Barcelona, nadou para 1’00”50 para garantir seu ouro. Uma década depois, a marca não deve ser suficiente nem para passar com folga para a semifinal da prova. Temos ao menos dez nadadoras que já fizeram abaixo de 1’00 este ano, marca que antes era para poucas. Prova de que a natação evolui, mesmo sem trajes.
Larissa Oliveira fará sua estreia em Mundiais de longa no próximo domingo, quando nadará as eliminatórias do revezamento 4×100 livre feminino do Brasil. Aos 20 anos, a atleta já integrou a seleção brasileira nas categorias de base em diversas ocasiões, e foi campeã brasileira ainda como petiz 2 (12 anos), nadando com meninas um ano mais velhas. Natural de Juiz de Fora, ela treinou na cidade até 2011, quando foi treinar no Pinheiros.
Os 200 borboleta feminino vem sendo dominado pela China nos últimos anos: o recorde mundial pertence à chinesa Zige Liu, que também venceu as Olimpíadas de 2008, e o melhor tempo da história sem trajes é da chinesa Jiao Liuyang, atual campeã olímpica e mundial. A jovem Liuyang, de 21 anos, é a favorita ao ouro, e lidera o ranking mundial este ano.
Essa prova é marcada por ausências: o campeão olímpico e dono do melhor tempo da história sem trajes Ryan Lochte não vai nadar, o vice campeão olímpico Thiago Pereira disse que não vai nadar (mas está inscrito… quem sabe), o medalhista olímpico em Pequim e campeão mundial em 2005, Lazslo Cseh, não vai nadar.Olhando o ranking mundial desse ano, há muitos nomes novos.
Ryan Lochte defende o bicampeonato mundial da prova. Kosuke Hagino é uma estrela em ascenção, tem o segundo melhor tempo do ano e parece estar em um patamar afrente dos demais adversários para ameaçar o tricampeonato do Lochte. Para o bronze, será que chegou a hora de Thiago Pereira?
Difícil acreditar, mas esse dia chegou: teremos um 200 borboleta em Mundial sem Michael Phelps. Desde 2001, quando bateu seu primeiro recorde mundial, Phelps venceu a prova cinco vezes nessa competição (aproveitamento de 100%; em Montreal-2005 ele não disputou a prova) e só foi batido em grandes torneios uma vez. Seu algoz, Chad Le Clod, é um dos favoritos ao ouro em Barcelona, e representa a nova geração da prova.