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  • Brasil bate recorde de pódios e vê maior diversidade de esportes no quadro de medalhas

    12/08/2012 por Beatriz Nantes em Londres 2012, Notícias / Sem comentários

    O Brasil encerrou sua participação em Londres com 17 medalhas, três de ouro, cinco de prata e nove de bronze, terminando em 22º no quadro de medalhas que tem como critério o número de ouros. Foi o maior número de medalhas em uma mesma edição, superando os 15 de Pequim, mas sem superar o número de ouros (cinco, em Atenas).

    Além de quebrar o recorde de medalhas, o Brasil viu duas modalidades que nunca haviam trazido medalhas ao Brasil chegar ao pódio (ginástica artística e pentatlo moderno) e uma que havia subido ao pódio apenas uma vez, em 1968, trazer três medalhas nesta edição (boxe). Das 302 provas disputadas, tivemos 42 finais, contando finais como atletas que chegam entre os oito primeiros nos individuais ou às quartas de final nos coletivos, segundo conta de Guilherme Giorgi Costa, do blog Brasil em Londres.

    O judô permanece como o maior medalhista da  delegação, com quatro pódios. O que vimos nos tatames mostra a força da seleção brasileira da modalidade, que tem uma delegação mais homogênea e não depende tanto de uma estrela – com isso, mesmo com atletas favoritos como Leandro Guilheiro e Tiago Camilo ficando fora do pódio, pudemos ter uma “surpresa” como Felipe Kitadai. A mostra de que o trabalho é bem feito é justamente que se chegue nas Olimpíadas com muitos atletas preparados e chances de medalha nas 12 categorias, algumas que se concretizam, outras não. O boxe também chegou com vários atletas com chances de medalhar, e com superações como a de Yamaguchi, que venceu atleta dificílimo nas quartas de final, alcançou o expressivo número de três medalhas.

    Por outro lado, um dos esportes mais tradicionais do país, o atletismo, teve uma atuação que deixou a desejar. Pior do que não trazer medalhas pela primeira vez em 20 anos, foram apenas cinco finais, sendo duas na maratona, a melhor prova das Olimpíadas para o Brasil, com Marilson dos Santos em quinto e Paulo de Paula em oitavo.  A natação trouxe duas medalhas, mesmo número de Pequim, mas a preocupação se concentra nas poucas finais alcançadas, apenas cinco, com retrocesso da natação feminina e dificuldade dos atletas de superar suas melhores marcas na competição objetivo da temporada. Já o vôlei de praia e de quadra mantiveram a tradição e conquistaram quatro medalhas nas quatro disputas, sendo uma de ouro, duas de prata e uma de bronze.

    Uma boa evolução pôde ser vista no basquete masculino (5º colocado depois de três edições fora dos Jogos), handebol feminino (caindo nas quartas de final jogando de igual para igual com as maiores potências do mundo) e levantamento de peso (Jaqueline Ferreira chegou à final e superou o recorde brasileiro). Por outro lado, futebol feminino e basquete feminino, que acumulam medalhas olímpicas desde 1996, tiveram atuações ruins, com o futebol saindo antes das semifinais pela primira vez desde que o futebol feminino entrou no programa olímpico, e o basquete vencendo apenas uma partida.

    Canoagem, ciclismo, esgrima, tiro, tiro com arco, luta olímpica, nado sincronizado, triatlo, tênis de mesa, remo e saltos ornamentais saíram sem chegar às finais, mostrando a fraqueza do Brasil em esportes individuais que distribuem muitas medalhas e ajudam a engordar o quadro de medalhas de países como China, Coreia do Sul e EUA. Mas destaco alguns nomes nesse grupo que merecem destaque: Pamella Oliveira (triatlo), que vinha fazendo ótima prova mas caiu e se prejudicou, mas é nome forte para 2016, o ciclismo estrada feminino, com melhora de posições de Clemilda Fernandes, a semifinal de César Castro nos saltos e Filipe Fuzaro no tiro, que ficou em 17º e também pode ser um nome forte para o Rio-2016. No taekwondo, que trouxe medalhas de Pequim, uma final e o ótimo desempenho de Diogo Silva, que bateu na trave do pódio, e no tênis , uma final com a dupla Marcelo Melo e Bruno Soares. Badminton, polo aquático e hoquei na grama não tiveram representantes brasileiros nas Olimpíadas.

     

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