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  • COB quer chegar ao top 10 em 2016 focando em esportes individuais

    13/08/2012 por Beatriz Nantes em Londres 2012, Notícias / Sem comentários

    Com o fim das Olimpíadas de Londres, os olhares da comunidade esportiva se voltam para o Brasil. Além das questões cruciais envolvendo a organização dos Jogos, os problemas de infraestutura, logística e segurança, que vão pautar ainda mais o noticiário nesses quatro anos, o desempenho do país no quadro de medalhas também ganha foco. Se nas edições olímpicas disputadas até hoje as medalhas brasileiras foram preocupação restrita ao COB e do Ministério dos Esportes, em 2016 o desempenho ganha visibilidade maior pela condição de país sede das Olimpíada, e os dirigentes querem evitar uma queda de rendimento e uma campanha que chegue às manchetes internacionais qualificada como vergonhosa. Resta saber se há tempo para mudar tanta coisa em apenas quatro anos.

    Em balanço apresentado no último dia de Olimpíadas pelo COB, os dirigentes apontaram exemplos de países pequenos que devem ser seguidos, como o Cazaquistão, que saiu de Londres com seis medalhas de ouro, com destaque para o desempenho em provas individuais. O COB quer focar em esportes individuais que distribuem muitas medalhas, caso do levantamento de peso (o carro chefe do desempenho cazaque), tiro esportivo, luta olímpica, remo e canoagem.

    “Vamos investir mais nos esportes individuais, porém acreditamos que as conquistas de um país devem acontecer em um número diversificado de modalidades. Além de termos tradição nos esportes coletivos, que continuarão a ter peso importante no nosso planejamento, precisamos ampliar o leque de possibilidades e conquistas. Nossos carros-chefes em 2016 serão o judô e o vôlei, porém é importante desenvolvermos o esporte com um todo, e não apenas uma ou duas modalidades”, afirmou Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo de esportes do COB. Em Londres, dois esportes chegaram ao pódio pela primeira vez (ginástica artística e pentatlo moderno), um voltou depois de 44 anos sem medalhas (boxe, logo com três pódios). Por outro lado, atletismo e taekwondo, que medalharam em Pequim, não tiveram atleta subindo ao pódio. “Vamos nos reunir com as Confederações e analisar a situação desses esportes. Precisamos avançar em modalidades que distribuem muitas medalhas, como natação e atletismo, e recuperar o nível de algumas coletivas, como basquete e futebol feminino”, afirmou Marcus sobre a questão.

    COB e Minestério do Esporte mostraram algumas rugas quanto ao desempenho brasileiro em Londres, mesmo antes dos Jogos, com o COB falando em 15 medalhas e o ministro Aldo Rebelo falando que o número seria “pouco” diante do maior investimento. Agora, a divergência diz respeito aos investimentos. O COB afirma que não houve nenhum repasse do governo federal para a entidade, com os R$ 331 milhões deste ciclo olímpico voltados para o alto rendimentos vindo de repasse das loterias federais (já deduzidos impostos e 15% destinados ao esporte escolar e universitário). No entanto,  o Ministério destaca o fato de dez dos 17 medalhistas possuírem bolsa atleta (iniciativa federal) e não terem apoio do COB, como seria o caso do pentatlo moderno, de acordo com apuração do jornal Estado de São Paulo.

    Para 2016, o objetivo é colocar o Brasil entre os dez primeiros. No entanto, o critério do COB utilizado para esses Jogos foi o número total de medalhas, e não o número de ouros. No site oficial da Confederação, é informado que o Brasil ficou em 14o na classificação geral, com 17 medalhas. Para ficar entre os dez primeiros pelo critério de ouros, o Brasil preciaria saltar para sete medalhas douradas tomando por base o desempenho dos países em Londres. Pelo critério de total de medalhas, o décimo colocado em Londres foi a Itália, com 23 medalhas no total, sendo oito de ouro.

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