Nos últimos quatro anos, Yane Marques chegou entre as oito primeiras do mundo em todas as grandes competições internacionais do pentatlo moderno. Mas nunca havia subido ao pódio. Forte principalmente na natação, Yane tinha na corrida seu ponto mais fraco. Hoje, a pernambucana Yane Marques fez a melhor prova de sua vida e conquistou o bronze na última prova das Olimpíadas, a 17ª do Brasil. Exausta e extasiada, Yane desabou ao cruzar a linha de chegada em terceiro.
Forte na esgrima, Yane iniciou sua participação nas Olimpíadas bem , terminando em sexto após a prova. Na natação, sua melhor prova, ela ficou em sexta com sua melhor marca, 2’12”39, e pulou para a segunda colocação somando as duas provas. Foi para o hipismo buscando permanecer entre as primeiras em uma modalidade em que ela costuma ser regular, mas teve uma prova excepcional e terminou em nono, pulando para a primeira colocação no geral, empatada com Laura Asadauskaitem, que subiu ao pódio três vezes nos três últimos mundiais.
Com uma prova de tiro muito forte, ela segurou a vantagem no começo mas foi superada pela lituana. Yane afirmou em vária entrevistas antes das Olimpíadas que sabia que a corrida era seu ponto mais fraco, e que estava treinando muito esse ponto. Já houve alguma melhora na Superfinal da Copa do Mundo este ano, mas a prova perfeita veio em Londres. Na segunda volta, ela foi superada também pela britânica Samantha Murray, uma das favoritas para a prova, e precisou segurar o bronze. A quarta colocada, a norte-americana Margaux Isaksen, chegou muito – a distância de Yane para ela foi menor (8 pontos) do que para a segunda colocada (16 pontos) – mas o bronze ficou com o Brasil.

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