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  • COI surpreende e recomenda exclusão da luta olímpica nos Jogos de 2020

    13/02/2013 por Beatriz Nantes em Lutas, Notícias, Reportagem / Sem comentários

    O Comitê Olímpico Internacional recomendou excluir a luta olímpica do programa olímpico de 2020, após reunião na Suiça de seus dirigentes. Havia grande expectativa de que o esporte excluído fosse o pentatlo moderno ou o taekwondo, e a decisão pegou de surpresa os dirigentes de luta olímpica. 

    A exclusão ainda não é definitiva. Após a recomendação,  a modalidade brigará com outras sete que tentam entrar no programa olímpico de 2020, para tentar voltar ao programa. Os indicados são beisebol/softball (que já fizeram parte do programa anteriormente), caratê, escalada esportiva, esporte sobre patins, squash, wakeboard e wushu.

    Modalidade olímpica desde 1896, na primeira edição olímpica da era moderna, a luta olímpica ficou fora dos Jogos apenas uma vez desde então, em 1900. Já houve outras ocasiões em que a luta olímpica ficou perto de ser excluída, mas nunca a saída foi recomendada pelo COI, como aconteceu dessa vez. Com a decisão tomada de eliminá-la, dificilmente a modalidade conseguirá voltar nessa rodada de inclusão de novas modalidades. Em maio, as federações farão apresentações ao COI em evento na Rússia.Em setembro, a decisão será tomada após reunião em Buenos Aires.

    Motivos
    O COI vem primando recentemente por esportes com boa popularidade entre todas as idades e audiência de TV, igualdade entre os gêneros e tenta limitar o número de participantes dos Jogos. A luta olímpica teve 350 atletas e distribuiu 72 medalhas, o terceiro maior número, após atletismo e natação. Das 18 categorias, apenas quatro são femininas.

    Fontes citadas em notícias internacionais indicam que a votação foi muito apertada entre a exclusão da luta olímpica e do pentatlo moderno. Contou a favor do pentatlo o apreço de Antonio Samaranch, filho do ex presidente do COI. Em entrevista ao Brasil no Rio, Elisio Macambira, vice-presidente da Confederação Brasileira de Lutas Associadas, lembrou que o atual presidente do COI, Jacques Rogge não gosta de lutas e isso não é segredo para ninguém – um dos motivos pelo qual são remotas as chances do caratê ocupar a lugar da luta olímpica.

    A entrada do ciclimso BMX em 2008 dá o tom das novas escolhas, privilegiando esportes com apelo entre os jovens. Há boas chances da nova modalidade olímpica para 2020 ser também um esporte radical, seguindo esse apelo.

    Reação
    A Federação Internacional de Lutas Associadas se disse “atônita” com a recomendação, e disse que tomará todas as medidas necessárias para convencer o COI da “aberração da decisão contra um dos esportes fundadores dos Jogos Olímpicos da Era Moderna”. O comunicado cita a representatividade em 180 países.

    Entre os praticantes da modalidade, a decisão gerou comoção. Medalhista de ouro em 2004, o norte-americano Cael Sanderson disse que a luta olímpica e as Olimpíadas “andam de mãos dadas. Quando você tira das Olimpíadas o esporte que estava lá desde o começo, você está mudando o que são as Olimpíadas. O que farão depois – mudar o nome dos Jogos?”

    O presidente da Confederação Brasileira de Lutas Associadas, Pedro Gama Filho e disse “sem chão” no twitter. Na rede social, os praticantes da modalide começaram a campanha #SaveOlympicWrestling, focando os argumentos no caráter histórico da modalidade.

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    • COI
    • luta olímpica

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