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  • Cinco questionamentos sobre o Plano Brasil Medalhas

    14/09/2012 por Beatriz Nantes em Notícias, Reportagem / Sem comentários

    Algumas questões a serem pensadas para o Plano Brasil Medalhas, apresentado ontem pelo governo federal:

    - Como e onde serão construídos os 21 centros de treinamento voltados para o esporte olímpico e um para o paraolímpico? A ideia é concentrar atletas em seleções permanentes, como acontece na ginástica? Sabemos que nem todas as modalidades funcionam assim – algumas se dão bem com uma estrutura de clubes, por exemplo. Os técnicos deixarão de fazer parte dos clubes e ficarão 100% focados nos centros? Quando eles ficarão prontos? Serão mantidos após os Jogos do Rio?

    - Quem determinará os atletas que receberão os auxílios propostos? O governo falou em “20 melhores no ranking mundial e que tenham chances de conquistar medalhas”, um critério muito subjetivo.

    - De acordo com a Folha de São Paulo, o ministro de Esportes Aldo Rabelo afirmou que as verbas dependerão de alternância de poder nas entidades, citando os casos da CBAt e CBDA. Resta saber se a declaração entrará como contrapartida de fato para a liberação das verbas, ou se trata-se de mais um discurso vazio sobre o tema.

    - Para pensar: de acordo com o site do Ministério do Esporte, as modalidades novatas nos Jogos (golfe e rugby) e as modalidades que não tiveram representantes em Londres ficaram fora do pacote que receberá os R$ 1 bilhão extras, sendo mantido para essas o orçamento usual. Dentro delas, temos muitas modalidades individuais que distribuem bom número de medalhas (ciclismo pista, badminton). O modelo aprofunda a disparidade existente entre modalidades com mais tradição e outras que  ainda carecem de grandes nomes.

    - Por fim, o mais importante: o papel do governo federal é realmente incentivar dessa forma o alto rendimento? A presidenta Dilma Rousseff falou em “salto para se tornar uma potência olímpica”, mas será que esses investimentos serão feito de forma sistemática (como em uma potência olímpica), ou temos apenas um plano emergencial visando os Jogos de 2016 (aliás, é bom ter em mente que não é tão simples a relação entre investimento-medalha para algumas modalidades, principalmente em apenas quatro anos)? O papel do governo não é incentivar de forma maciça a base, oferecendo esporte a todos no país? Os dois investimentos não poderiam ser feitos em paralelo – mesmo que em detrimento de uma parte do investimento em alto rendimento -, para além de fazer uma política pública digna para o esporte, criar bases sustentáveis para todas as Olimpíadas, e não apenas a edição “em casa”?

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    • Plano Brasil Medalhas 2016

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