Com a muito provável exclusão da classe Star do programa olímpico em 2016, Robert Scheidt e Bruno Prada agora seguem caminhos separados. Parceiros de barco por sete anos, os dois conquistaram na Star duas medalhas olímpicas (prata em Pequim e bronze em Londres), três títulos Mundiais (2007, 2011, 2012) e mais duas medalhas em Mundiais (prata em 2006 e bronze em 2008).
Dada a alta possibilidade da Star ficar fora – a Federação Internacional já mudou por duas vezes as classes de 2016, sem a Star nas duas ocasiões – Prada e Scheidt voltaram a suas classes de origem, a Finn e a Laser. Ainda este mês, haverá o Brasileiro das duas classes, e no segundo semestre do ano acontecem os Mundiais.
Scheidt fez sua reestreia na Laser já em setembro do ano passado, vencendo o Campeonato Italiano. Entre 1993 e 2005, Scheidt ganhou três medalhas olímpicas (duas de ouro, em 1996 e 2004) e 11 medalhas em Mundiais (oito de ouro). De 19 a 29 de janeiro, Scheidt disputará o Brasileiro, e o Mundial acontece em Omã em novembro. O atleta já disse que esse será um ano de adaptação, e o importante será se sentir bem na Laser. O representante do Brasil em Londres na classe, Bruno Fontes, é forte, mas se estiver em alto nível, Scheidt não deve ter dificuldades de conseguir a vaga brasileira e encerrar a carreira no Rio-2016.
Para Prada o caminho parece mais espinhoso, mesmo para se firmar como o melhor do Brasil. Sua passagem pela Finn não foi tão bem sucedida, e foi na classe Star que ele se encontrou – ao contrário do que muitos pensam, Prada era tão essencial para os títulos como Scheidt. Pela Finn, Prada foi bronze no Pan de Winnipeg.
Hoje o melhor do Brasil na classe é Jorge Zarif, de 20 anos, que vem evoluindo e não será um adversário fácil. Os dois competem a partir de hoje (4) na Semana Internacional do Rio de Janeiro, e disputam o Brasileiro de 18 a 20 deste mês.
O nome a ser batido na classe Finn hoje é um velho conhecido de Scheidt, o britânico Ben Ainslie, que competia antes na Laser. Quatro vezes campeão olímpico, uma com a Laser (batendo Scheidt) e três na Finn, a última em Londres, Ainslie é o maior nome que a classe já teve.
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