Depois da “ressaca” dos seis meses após as Olimpíadas, 2013 reserva grandes competições para praticamente todos os esportes olímpicos. O primeiro ano do novo ciclo tem muitos Mundiais de modalidades. De um lado, é interessante ver como vão desempenhar os atletas que ficaram de fora das Olimpíadas ou não performaram bem nos Jogos. Por outro, é importante ver como os novos medalhistas ou grandes atletas vão se comportar – César Cielo se consolidou como o velocista do último ciclo olímpico justamente após o Mundial de 2009, um ano após seu ouro em Pequim.
Atletismo – Mundial acontece em agosto. Depois de ficar sem medalhas nas Olimpíadas pela primeira vez desde 1992 e conseguir apenas cinco atletas entre os oito primeiros em suas provas, o atletismo brasileiro vai à Rússia em agosto em busca de redenção. Os índices já foram divulgados e novamente são bem fortes. Vai ser interessante acompanhar a evolução da nova geração, que brilhou no Mundial sub-20, com quatro medalhas.
Badminton- Mundial acontece no início de agosto, na China. Sem representantes nas Olimpíadas, os atletas devem fazer boa briga interna pelas vagas para as Olimpíadas de 2016. Daniel Paiola é hoje o melhor brasileiro na modalidade, e ficou a seis posições da vaga para Londres. Boa notícia a vinda de seu técnico português, Marcos Vasconcellos, que deve comandar o Brasil no ciclo olímpico.
Basquete – Ano de Copa América, que acontece em agosto no masculino. Depois de voltar às Olimpíadas em 2012, após 16 anos de ausência, a seleção masculina disputa a competição para garantir vaga no Mundial de 2014.
Boxe – Modalidade que mais evoluiu no último ciclo olímpico, o boxe está em evidência. Mundial acontece em outubro, no Cazaquistão. Importante para os medalhistas olímpicos se consolidarem nas primeiras posições, e para nomes como Everton Lopes, campeão mundial que caiu na primeira luta em Londres, perdendo para o campeão olímpico.
Canoagem – Mundial de velocidade acontece em agosto, na Alemanha, e o de canoagem slalom em setembro, na República Tcheca.
Ciclismo – Em setembro acontece o Mundial de estrada, na Itália. Em fevereiro tem Mundial de ciclismo pista, modalidade sem representantes brasileiros nas Olimpídas.
Esgrima – Mundial acontece em agosto, em Budapeste. Modalidade está bem estruturada, com patrocínio, e tem bons nomes principalmente no masculino (Renzo Agresta, Guilherme Toldo e Athos Schwantes foram às Olimpíadas).
Futebol feminino – Como de praxe, sem detalhes sobre a Copa do Brasil de 2013, e deve ser mais uma vez esvaziada. O técnico da seleção foi trocado, sai Jorge Barcellos e entra Marcio Oliveira.
Ginástica – O grande evento da modalidade é o Mundial, que acontece em setembro. O time masculino está em evidência, após o ouro de Zanetti e bom desempenho de Sérgio Sasaki. No feminino, dúvida sobre a situação de Jade Barbosa.
Handebol – Mundial masculino acontece em janeiro e o feminino em dezembro. Em situações opostas, o masculino não foi às Olimpíadas, enquanto o feminino fez uma atuação honrosa, caindo nas quartas de final para as campeãs olímpicas.
Hóquei na grama- Brasil não teve representantes na modalidade em Londres, e precisa se aprimorar para ter vaga garantida nos Jogos de 2016. Pelo acordo com a Federação Internacional do Hóquei na grama, para ter vaga em 2016 o Brasil precisa ficar entre os 30 primeiros do ranking mundial no masculino (hoje é 33o) e 40 primeiros no feminino (hoje é 51o), até 2014. Ainda em janeiro acontece o Sulamericano feminino e masculino, de 26 de janeiro a 2 de fevereiro, em Santiago do Chile.
Judô – Mundial acontece no Brasil, no Rio de Janeiro, em setembro. Modalidade mais forte e consolidada do país em resultados olímpicos, vai ser interessante acompanhar a briga interna por vagas nos pesos (há apenas uma vaga por país por categoria e para 2016 essa briga deve ser boa em várias categorias).
Levantamento de peso – Mundial acontece em outubro, na Polônia. Jaqueline Ferreira fez o melhor resultado da modalidade na história das Olimpíadas, ficando em oitavo com novo recorde brasileiro.
Luta olímpica – Mundial acontece em agosto, em Budapeste.
Natação – Mundial acontece em julho, em Barcelona. Expectativa pelo desempenho de César Cielo, que busca o tri no 50 livre, pelo desempenho de Thiago Pereira após a medalha olímpica, e por nomes que tem tudo para se destacar no ciclo olímpico, como Bruno Fratus e Tales Cerdeira. No feminino, seria interessante ver a nova geração fazendo índice para participar da competição.
Nado sincronizado – Mundial também acontece em julho. Depois de bater mais uma vez na trave nas Olimpíadas, o dueto busca uma final no Mundial. Brasil nunca teve resultado tão forte no solo e equipe, e seis atletas da seleção estiveram na Rússia em dezembro para treinamento.
Polo Aquático – Mundial acontece em julho, em Barcelona. Brasil não teve representantes na Olimpíadas, mas teve bons resultados na nova geração (ouro no PAN Junior masculino e bronze no feminino).
Pentatlo Moderno – Mundial acontece em agosto, em Taipei. Yane Marques, que foi finalista de todas grandes competições da modalidade no ciclo olímpico e subiu ao pódio pela primeira vez em Londres, busca sua primeira medalha na competição.
Rugby – Em fevereiro a seleção de sevens disputa o Sul-americano, que distribuirá duas vagas para o Miundial, que acontece em junho, em Mocou. Preparação inclui torneios na América do Sul em janeiro, depois de período na Nova Zelândia treinando.
Remo – Mundial acontece em agosto na Coreia do Sul. Brasil continua tendo melhor desempenho em pesos leves, não olímpicos.
Saltos ornamentais - Mundial acontece em julho, em Barcelona. A modalidade hoje conta com atletas experientes como César Castro, Juliana Veloso e Hugo Parisi, que representaram o Brasil nas Olimpíadas (destaque para César, que chegou a semifinal), e tem uma nova geração promissora. Andressa Mendes, de 15 anos, ficou a uma posição de conseguir vaga para as Olimpíadas, e Giovanna Pedroso fez final no Mundial Junior. As duas competem na plataforma 10m e seria importante que se classificassem para o Mundial adulto.
Taekwondo -Mundial acontece em julho, no México. Assim como em outras modalidades, seleção deve mesclar experientes, como Diogo Silva e Natalia Falavigna, com novos nomes, como Guilherme Dias, ouro no PAN da modalidade em outubro.
Tênis de mesa - Mundial acontece em maio. Expectativa pelo desempenho de novos nomes como Caroline Kumahara, que foi às Olimpíadas com 17 anos, e Hugo Calderano, que caiu nas oitavas de final no Mundial Junior.
Tiro com arco – Mundial acontece em outubro, na Turquia.
Triatlo – Grand Final da série mundial acontece em setembro. Expectativa por bom ano de Pâmella Oliveira, que ficou entre as 15 primeiras no Mundial e teve a participação olímpica prejudicada por uma queda durante a prova.
Vôlei – Depois do ouro para o feminino e prata para o masculino nas Olimpíadas, seleções disputam o tradicional Grand Prix e Liga Mundial. Vale ficar de olho nas convocações, em especial do masculino, que passará por renovação após aposentadoria de grandes atletas.
Vôlei de praia – No masculino, Emanuel e Alison devem continuar sendo a dupla mais importante do Brasil, depois da prata olímpica e segundo lugar no ranking mundial. No feminino, atenção para o desempenho da nova dupla formada, com Juliana e Maria Elisa.
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