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    daynara de paula

    • Finkel – 2o dia

      31/08/2011 por Beatriz Nantes / 1 Comentário

      Hoje não consegui assistir às provas pela televisão mas dei uma olhada nos resultados da CBDA. No geral, mais um dia com tempos um pouco fracos, bom para novos nomes que aproveitam para subir ao pódio, e atletas da elite brasileira mas que não foram ao Mundial se destacando (Nicholas e João Junior são os maiores exemplos). Tivemos três finais na etapa (50 livre, 200 livre e 400 medley) e duas semifinais (100 borboleta e 100 peito).

      No 50 livre, Flávia piorou o tempo das semi mas se manteve como principal velocista do Brasil. Em segundo, Alessandra Marchioro, dez anos mais nova que Flávia, nadou bem para 25″72. Na frente das duas, Inge Dekker não fez nada de espetacular, nadando para 25″36, mas atendendo ao motivo porque foi trazida pelo Minas: levar os 35 pontos para o clube. Na prova masculina, apesar das justificativas de Cielo para uma possível derrota antes da prova, deu o óbvio e ele levou com 21″97. Nicholas nadou bem e venceu Fratus, fazendo a dobradinha do Flamengo no pódio, mas ainda não chegou ao tempo do índice.

      No 400 medley, boa disputa entre as duas estrangeira. Entre a argentina medalhista olímpica em 2004, Georgina Bardach (Unisanta) e a espanhola campeã mundial de curta, Mireya Belmonte (Flamengo), a segunda levou a melhor mesmo virando dois segundos atrás nos 300 metros, fechando para 1’05 contra 1’08 da argentina. Entre as brasileiras, Julia Gerotto levou a melhor com 5’01, seguida da fundista do corinthians Maria Caroline Ferreira e Larissa Cieslak.Entre os homens, Thiago Pereira administrou a prova e ficou com o ouro com 4’24″, com Renato Barufi garatindo a dobradinha corinthiana ao marcar 4’25″5. Diogo Yabe fechou o pódio com 4’27.

      O 200 livre feminino valeu mais pela disputa do que pelo tempo em si. Desde a aposentadoria de Mariana Brochado e da má fase de Monique Ferreira, que antes lutavam por índices para as competições de ponta – foi nessa prova a primeira final do Brasil em revezamentos femininos em Olimpíadas, em 2004 – ,a prova vem mostrando resultados fracos, e acho difícil que alguma nadadora consiga nadar para baixo de 1’58″20 e carimbar o passaporte para Londres. De qualquer forma, Jéssica Cavalheiro merece os méritos e nadou muito bem, cravando 2’02″62 e vencendo a americana Kimberly Vanderbergh por 8 centésimos. Manuella Lyrio completou o pódio do Minas com 2’02″90.

      No masculino, prova marcada por mais falhas, com placar errando mais uma vez – dessa vez pior, pois ao invés de não dar os tempos colocou Fernando Ernesto como campeão, que chegou a comemorar e dar entrevista, quando na verdade terminou em quinto. Quem venceu foi outro mas os 35 pontos foram mesmo para o Corinthians – o venezuelano Daniel Tirabassi levou o ouro com 1’50″61 após boa disputa com Rodrigo Castro, que aos 33 anos continua sendo um dos principais nomes da prova no Brasil, desbancando as novas promessas. Completando o pódio, nem Minas, nem Corinthians, nem Flamengo, nem Pinheiros: o bronze foi para o Curitibano, com Eduardo Duarte.

      Sem Gabriella Silva, a disputa no 100 borboleta amanhã promete ser boa com Daynara de Paula (já com índice olímpico para a prova, aliás a única mulher até o momento), Daniele Paoli e Daiene Marçal. Fabíola, provando a versatilidade, também está na final com tempo classificatório na casa de 1’01″. No masculino, Mangabeira está com o primeiro tempo mas ainda 7 décimos distante do índice olímpico, quem sabe sai amanhã.

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    • O que esperar do Finkel 2011?

      29/08/2011 por Beatriz Nantes / Sem comentários

      Começa hoje a tarde na piscina do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, o primeiro dia de eliminatórias do Finkel, tradicional competição do calendário brasileiro de natação e uma das seletivas para os Jogos Olímpicos do ano que vem.

      Até o momento são nove atletas com tempo abaixo das marcas pedidas pela FINA, oito homens e uma mulher – Daynara de Paula, no 100 borboleta; Fabiola Molina tinha alcançado a marca nos 100 costas na Seletiva para a Mundial mas teve o tempo anulado após testar positivo para metilhexanamina na competição.

      Entre os homens, Cielo tem, evidentemente, as marcas nos 50 e 100 livre, a primeira também contando com Bruno Fratus – apenas dois por país podem nadar cada prova, então não há garantias até a última seletiva. Apesar de ver Nicholas Santos forte para buscar a marca, acredito que Cielo e Fratus devem se manter como representantes brasileiros em Londres, Cielo em busca do bi e Fratus de olho na medalha engasgada depois do quinto lugar em Shangai.

      Para Thiago Pereira, com quatro índices até o momento (200 e 400 medley, 200 peito e 200 costas),  o objetivo também é mais alto. Atleta do Corinthians e novo integrante do grupo de treinamento PRO-16, liderado por Albertinho, Thiago visa na temporada o PAN de Guadalajara, onde espera repetir o desempenho do Rio e levar sete/oito medalhas. Mais do que isso, o objetivo em Londres é chegar ao pódio, depois de alternar em quarto e quinto lugar em Atenas, Pequim e Roma, além da sexta colocação em Shangai. Sou uma grande fã de Thiago e espero que ele consiga melhorar o final de prova e chegar a um final de prova tão forte quanto os primeiros 150; se o fizer, certamente Thiago estará entre os três melhores do mundo.

      No 200 medley, Henrique Rodrigues, que foi semi final em Shangai, também possui o índice. O nadador acaba de sair do PRO 16 por questões pessoais, decidindo voltar para perto da família em Curitiba, onde está treinando agora com Cesar Feustel. Henrique não participará do Finkel após uma lesão no ombro.

      Passando para o borboleta, Kaio Márcio já possui índice para o 100 e 200 metros e Leonardo de Deus alcançou a marca dos 200 no Mundial de Shangai. Kaio é atleta do Fluminense, onde treina, e chegou ao Mundial com chances reais de pódio mas não conseguiu encaixar a prova na competição e acabou caindo em uma semifinal muito forte. Leo de Deus é um atleta em ascensão, também treinando no PRO-16, e se credencia como uma aposta real para o ano que vem. Ele também tem índice para os 200 costas, estilo hoje mais deficiente do país no masculino, com Guilherme Guido não conseguindo melhorar seus tempos e ainda sem índice para os 100 costas.

      No peito, Felipe França e Felipe Lima já tem índice para os 100, prova disputada que no último ciclo olímpico teve quatro nadadores nadando abaixo do índice. Daquele vez, França e Henrique Barbosa (novo integrante do PRO-16) foram os classificados, deixando Lima e Fischer de fora. Tenho grande expectativa por França nos 100 peito. Sua marca de 1’00″01 feita nas eliminatórias foi o sétimo melhor tempo do ano, e embora tenha escorregado nas semi, ficando fora da disputa de medalha, é interessante ver a evolução do nadador, especialista nos 50 peito, mas que vem trabalhando com foco total na prova dos 100, visando a disputa olímpica dado que não há provas de 50 estilo na competição.

      Além do Finkel, os atletas terão mais quatro chances para compor a seleção brasileira (PAN e Open, ainda este ano, Sul-Americano e Maria Lenk, já em 2012). Dessas, acredito que o Finkel será a competição mais fraca, com a maior parte dos atletas classificados para o PAN focados na competição continental e o restante devendo estar em melhor forma no Open – apenas um palpite meu.

      Entre os revezamentos, o 4×100 livre masculino, nono lugar em Shangai, é o único classificado até o momento.

      Quem mais?

      Aguardarei os resultados do Finkel para uma análise mais completa, mas de cara, listo alguns nomes com chances reais de chegar à Londres.

      Entre as mulheres, acredito (e torço) para que Fabíola volte a nadar abaixo dos 1’00″82 que garantem a classificação. Se não for agora, certamente a nadadora de São José tem plenas condições de repetir o tempo nos próximos eventos. Joanna Maranhão é outra que pode conseguir a vaga. Nos 400 medley, a pernambucana já fez tempo abaixo do índice no 400 medley (não nas seletivas), mas ela não esta inscrita na prova no Finkel e suas últimas declarações indicam que deixará de treinar de nadar para a prova que deu a ela o quinto lugar em Atentas (desde então, Joanna nunca conseguiu superar os 4’40″00; a vez que chegou mais perto foi em Pequim, quando fez 4’40″18). Acredito que a nadadora (recém saída do Minas para o Flamengo) tem chances nos 200 medley e 200 borboleta, nas duas a 1/2 segundos do índice.

      Entre os homens, acredito em índice para Tales Cerdeira e Henrique Barbosa, ambos com chances nos 100 e 200 peito – entendo que muito dificilmente não tenhamos dois nadadores em cada uma dessas provas, resta saber quais serão. No 100 costas, não duvido que Guido alcance os 54”40 até o ano que vem, mas gostaria de ver outro nadador chegando perto, de forma análoga ao 100 peito, que gerou uma disputa saudável melhorando o nível de todos os concorrentes. Nas provas de fundo, ainda com um vácuo em Olimpíadas desde a aposentadoria de Luiz Lima, Arapiraca vem melhorando mas ainda precisa de uma evolução mais consistente para chegar ao 15’10” e agora se recuperar da lesão no ombro que o tirou do Mundial Militar e também do Finkel.

      Disputa de clubes

      Competindo em casa, vejo o Minas como favorito ao primeiro lugar, repetindo a dose do Maria Lenk no início do ano, quando desbancou o Pinheiros do lugar mais alto do pódio após nove anos de supremacia. Mas não creio que teremos uma distância tão absurda como no início do ano (cerca de 800 pontos). Do lado do Minas, o principal desfalque é o técnico Fernando Vanezella, além de Joanna Maranhão. As duas estrangeiras, ainda que fortes, não sao tão superiores como as contratadas no Maria Lenk (Inge Dekker, campeã dos 50 borboleta, e Kimberly Vanderbergh, americana que treina em Marseille e tem como principal título o bronze no 4×200 livre em Pequim; no primeiro semestre, Receba Soni e Coventry, ambas campeãs olímpicas e mundiais em provas individuais, haviam reforçando o time mineiro).

      Apesar dos desfalques, o Pinheiros também não traz muitas novidades, sem estrangeiros e com o desfalque de Gabriella Silva, principal nome feminino da equipe. Por outro lado, a força nas provas de peito feminino, os revezamentos e o grande número de atletas em finais devem ajudar o clube a garantir o segundo lugar – ainda que não descarte Corinthians ou Flamengo roubando esta posição.

      Entre os dois, repetindo a disputa do Brasileiro de Futebol, a competição promete ser boa. Flamengo tem Cielo e os principais nomes do PRO 16, enquanto o Corinthians traz Thiago Pereira, que nada mais provas e sempre pontua muito. A estrangeira do Flamengo, Mireya Belmonte, também presente no Maria Lenk, também pontua bem, e mesmo sem desempenho tão bom em Shangai ainda é bem superior que as brasileiras. Para o Corinthians, as provas de fundo são importantes, com Cecilia Biagioli e Poliana nas primeiras posições e mais 2/3 atletas que costumam ficar entre as oito primeiras.

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