
+ 100 livre: surpresa na prova feminina, com a nadadora júnior 2 Larissa Oliveira levando o ouro pela primeira vez em campeonatos absolutos nacionais. Larissa defende o Pinheiros mas treina no interior e levou com 56″35. Tatiana Lemos e Graciele Herman, também novata em pódios nessa competição, completaram as primeiras posições. Uma pena que um dos destaques da prova tenha sido fora da piscina, com o bloco de Daynara dando problema e a atleta caindo na piscina e inclusive machucando o pé. No masculino, os três primeiros lugares nadaram abaixo dos 50″: Cielo (49″06), João de Lucca (49″74, ele que está treinando com Marco Veiga no Flamendo desde maio e vem melhorando muito; após o Finkel o nadador volta aos EUA para nadar o NCAA) e Nicolas Oliveira (49″79).

+200 medley: dessa vez, entre Joanna e Mireya, a espanhola levou a melhor com a parcial de peito e crawl fazendo a diferença. Ela nadou para 2’15, Joanna ficou com a prata com 2’18 e Kimberly Vanderbergh garantiu o bronze com 2’20. No masculino, prova boa pro Corinthians com Thiago Pereira ganhando e Renato Barufi levando o bronze com 4 centésimos de diferença frente Lucas Salatta, que parece estar de volta depois dessa boa competição. Entre os dois, Diogo Yabe ficou com a prata.
+ 50 peito: dessa vez deu para as atletas do Pinheiros, com Ana Carla, Tatiane Sakemi e Beatriz Travalon nas três
primeiras posições. No masculino, apesar da boa fase de João Junior, deu o campeão mundial Felipe França, ganhando com 27″49. João e Felipe Lima completaram o pódio.
+ 50 borboleta: mesmo sem estar na melhor forma, a campeã mundial da prova Inge Dekker levou a melhor, ganhando com 26″56, seguida de Daynara da Paula (27″01) e Daniele Paoli (27″13). No masculino, ouro também para o campeão mundial César Cielo, único a nadar abaixo dos 24″ para 23″90, seguido de Glauber Silva e Nicholas Santos.
+ 800 livre masculino: outra prova fraca, com a vitória de Juan Pereyra nadando para 8’05 – o argentino segurou 30″ e 31″ a prova inteira e no final fechou com 29″/28″1. Claro que a última parcial tem que ser forte, mas dava para ter forçado antes.. Kanieski e Marcos Ferrari completaram o pódio.
+ 1500 livre feminino: dobradinha do Corinthians com a argentina Cecilia Biagioli em primeiro (16″46, novo recorde do campeonato) e Poliana Okimoto em segundo (17″00, ela que está cansada depois de uma maratona de competições fortes, com Mundial, Evento Teste das Olimpíadas e agora o Maria Lenk). Ana Marcela, que se recupera de dores no ombro e perdeu muitos treinos desde o Mundial, ficou em terceiro com 17″11.
+ 100 costas: estava na expectativa pelo índice de Fabíola mas não foi dessa vez. A nadadora fez 1’04 nas eliminórias e semi,e na final nadou para 1’01″33, ficando a 50 centésimos da marca. Natalia Mendes Diniz, do Pinheiros, e Fernanda Alvarenga, do Minas, completaram o pódio. No masculino, Guido, o melhor do Brasil no estilo, nadou mal e ficou fora do pódio. Quem levou foi um dos poucos que conseguiu boas marcas na competição, Gabriel Mangabeira (55″48), uma das minhas apostas de nome que devem alcançar o índice no PAN. Fernando Ernesto, do Corinthians, ficou em segundo com 55″75 e Leo Guedes ficou em terceiro.
+ Revezamentos: no masculino, o Flamengo levou a melhor no 4×100 livre (três atletas entre os quatro primeiros tempos da prova individual, Cielo, João de Lucca e Nicholas) e 4×100 medley (trocando de Lucca por Henrique no peito e Leo de Deus no costas). No feminino, o medley foi para o Minas, com Fabíola abrindo e Kimberly fechando forte fazendo a diferença. O Pinheiros foi segundo e o Flamengo terceiro. No livre, mesmas equipes no pódio mas em posições trocados na ponta: Pinheiros em primeiro desde a primeira parcial e Minas em segundo, e Flamengo se garantindo em terceiro.
+ Clubes: o Minas confirmou o favoritismo e venceu em casa após 13 anos. Pinheiros, campeão nas últimas oito edições, começou bem atrás nas primeiras etapas mas as provas de 50 e os revezamentos femininos fizeram a diferença e a equipe garantiu a segunda colocação. Na disputa entre Flamengo e Corinthians, a equipe de Cielo levou a melhor, muito ajudada pela transferência de Joanna Maranhão no meio da temporada (permitida porque contou como transferência da atleta militar de Minas Gerais para o Rio de Janeiro).
+ Os estrangeiros contratados pelos clubes para ajudar na pontuação não são mais nome certo para vencer as provas. Na final
do 2oo borboleta feminino, Joanna Maranhão venceu as duas estrangeiras na prova levando o ouro com 2’12″46, em bela disputa com a americana Kimberly Vanderberg (2’12″75). A espanhola Mireia Belmonte (2’16″38) completou o pódio.
+ No masculino, com Kaio Marcio e Leo de Deus pesados na entresafra do Mundial e PAN, os tempos não chegaram nem perto das melhores marcas. Kaio, do Fluminense, foi melhor e nadou para 1’58″75, único abaixo dos 2 minutos, seguido de Lucas Salatta do Minas e Leo, que defende o Flamengo.
+ João Gomes Junior, até o momento o principal nome masculino da competição, classificou para a final com o melhor tempo, 27″46, e amanhã deve disputar o ouro com o companheiro de clube e campeão mundial da prova, Felipe França. No feminino, Ana Carla Carvalho nada amanhã na 4 e também deve brigar com as pinheirenses Tatiane Sakemi e Beatriz Travalon pela primeira posição.
+ Fabíola levou mais uma prova, vencendo com folga o 50 costas com 28″34, seguida de Etiene Medeiros, do Nikita, e Natalia Diniz, do Pinheiros. A expectativa fica pelas eliminatórias disputadas agora a tarde, onde Fabíola nada o 100 costas em busca do índice olímpico, com chances reais de atingi-lo novamente.
+ Em um dos únicos revezamentos relativamente fracos do Pinheiros no feminino, o 4×200 viu a vitória do Minas, que tinha as três primeiras colocadas na prova. O Flamengo, com duas das quatro nadadoras que levaram esse revezamento brasileiro à final olímpica de 2004, Joanna Maranhão e Monique Ferreira (as únicas que continuam nadando), levou a prata, e o Corinthians fechou em terceiro. No masculino, Thiago Pereira fez a diferença para a equipe corinthiana e ajudou a somar 70 pontos para o clube com a vitória com 7’27″66, seguido de Flamengo e Minas.
+Apesar de não colocar nenhum revezamento no pódio na etapa, o Pinheiros conseguiu passar o Corinthians, contando com o bom desempenho nas provas individuais (no 50 costas, os três primeiros eram atletas do clube). Já o Flamengo encostou mais na terceira colocação, prometendo uma briga boa até a última prova.
Na primeira etapa com disputa de revezamentos e com três vitórias individuais, o Pinheiros arrancou nessa etapa e já aparece na terceira colocação, ameaçando a segunda posição do Corinthians. A briga pelo segundo e terceiro lugar promete esquentar nas próximas etapas.
Nos 100 metros borboleta, Fabíola desbancou as especialistas no estilo e levou o ouro nesta que não é sua principal prova,
marcando 1’00″40. Daynara e Daniele Paoli completaram o pódio. No masculino, Gabriel Mangabeira venceu pela raia 4 fazendo 53″21.O atleta, que foi 6o lugar nas Olimpíadas de Atenas e desde então não conseguiu nenhum resultado tão expressivo, parece novamente focado e disse em entrevista que espera fazer o índice no Pan de Guadalajara. Thiago Pereira (junto com Fabíola se mostrando o mais versátil da competição, e nadando várias provas para somar pontos para o Corinthians) e Henrique Martins levaram a prata e o bronze.
No 100 peito, Tatiane Sakemi, agora treinando com Antonio Henrique Barbosa em Brasília, levou o ouro piorando um pouco o tempo da eliminatória, agora para 1’12″17. Renata Sander, que vem se firmando como novo nome forte das provas de peito, ficou em segundo. Na disputa pinheirense pelo bronze, Beatriz Travalon levou a melhor contra Ana Carla Carvalho, ganhando por 1 centésimo. No masculino, João Gomes Junior confirmou a boa competição e após nadar abaixo do índice olímpico nas eleminatórias, agora foi a vez de conseguir o primeiro ouro na prova em competições absolutas, nadando para 1’01″40. Felipe Lima, que detém, também por 1 centésimo de diferença, a segunda vaga olímpica da prova até o momento, ficou com a prata e Henrique Barbosa levou o bronze.
Depois de bater um bom 4’14 ontem, Joanna Maranhão venceu mais uma prova longa, que se configuram como boa opção para a nadadora, agora do Flamengo, e que já declarou que não quer mais nadar os 400 medley. Na final, com o tempo seco, Joanna piorou um pouco e nadou para 4’17″35, seguida da Poliana Okimoto (4’20″58) e Virginia Bardach (4’21″76). No masculino, Juan Pereyra também repetiu a dose dos 1500 e levou o 400 com 3’56″79, seguido de Lucas Kanieski, também segundo na prova mais longa, e o venezuelano da equipe corinthiana, Daniel Tirabassi, completou o pódio.
Nos revezamentos 4×50 livre, com quatro das oito finalistas do 50 livre defendendo a equipe do Pinheiros, não tinha como ser diferente, e o clube levou o ouro e 70 pontos para casa com Flavia Delaroli, Carolina Bergamaschi, Flavia Lacerda e Michelle Lenhardt. O Minas ficou em segundo e o Grêmio Náutico sustentou o terceiro lugar mesmo com Joanna chegando perto pelo Flamengo nos últimos metros. No masculino, com os dois primeiros na prova individual nadando pelo Flamengo, a equipe levou com folga o ouro, 1 segundo e sete décimos na frente do Minas, que ganhou a prata em bela disputa com o Pinheiros, vencida com diferença de sete centésimos.
Hoje não consegui assistir às provas pela televisão mas dei uma olhada nos resultados da CBDA. No geral, mais um dia com tempos um pouco fracos, bom para novos nomes que aproveitam para subir ao pódio, e atletas da elite brasileira mas que não foram ao Mundial se destacando (Nicholas e João Junior são os maiores exemplos). Tivemos três finais na etapa (50 livre, 200 livre e 400 medley) e duas semifinais (100 borboleta e 100 peito).
No 50 livre, Flávia piorou o tempo das semi mas se manteve como principal velocista do Brasil. Em segundo, Alessandra
Marchioro, dez anos mais nova que Flávia, nadou bem para 25″72. Na frente das duas, Inge Dekker não fez nada de espetacular, nadando para 25″36, mas atendendo ao motivo porque foi trazida pelo Minas: levar os 35 pontos para o clube. Na prova masculina, apesar das justificativas de Cielo para uma possível derrota antes da prova, deu o óbvio e ele levou com 21″97. Nicholas nadou bem e venceu Fratus, fazendo a dobradinha do Flamengo no pódio, mas ainda não chegou ao tempo do índice.
No 400 medley, boa disputa entre as duas estrangeira. Entre a argentina medalhista olímpica em 2004, Georgina Bardach (Unisanta) e a espanhola campeã mundial de curta, Mireya Belmonte (Flamengo), a segunda levou a melhor mesmo virando dois segundos atrás nos 300 metros, fechando para 1’05 contra 1’08 da argentina. Entre as brasileiras, Julia Gerotto levou a melhor com 5’01, seguida da fundista do corinthians Maria Caroline Ferreira e Larissa Cieslak.Entre os homens, Thiago Pereira administrou a prova e ficou com o ouro com 4’24″, com Renato Barufi garatindo a dobradinha corinthiana ao marcar 4’25″5. Diogo Yabe fechou o pódio com 4’27.
O 200 livre feminino valeu mais pela disputa do que pelo tempo em si. Desde a aposentadoria de Mariana Brochado e da má fase de Monique Ferreira, que antes lutavam por índices para as competições de ponta – foi nessa prova a primeira final do Brasil em revezamentos femininos em Olimpíadas, em 2004 – ,a prova vem mostrando resultados fracos, e acho difícil que alguma nadadora consiga nadar para baixo de 1’58″20 e carimbar o passaporte para Londres. De qualquer forma, Jéssica Cavalheiro merece os méritos e nadou muito bem, cravando 2’02″62 e vencendo a americana Kimberly Vanderbergh por 8 centésimos. Manuella Lyrio completou o pódio do Minas com 2’02″90.
No masculino, prova marcada por mais falhas, com placar errando mais uma vez – dessa vez pior, pois ao invés de não dar os tempos colocou Fernando Ernesto como campeão, que chegou a comemorar e dar entrevista, quando na verdade terminou em quinto. Quem venceu foi outro mas os 35 pontos foram mesmo para o Corinthians – o venezuelano Daniel Tirabassi levou o ouro com 1’50″61 após boa disputa com Rodrigo Castro, que aos 33 anos continua sendo um dos principais nomes da prova no Brasil, desbancando as novas promessas. Completando o pódio, nem Minas, nem Corinthians, nem Flamengo, nem Pinheiros: o bronze foi para o Curitibano, com Eduardo Duarte.
Sem Gabriella Silva, a disputa no 100 borboleta amanhã promete ser boa com Daynara de Paula (já com índice olímpico para a prova, aliás a única mulher até o momento), Daniele Paoli e Daiene Marçal. Fabíola, provando a versatilidade, também está na final com tempo classificatório na casa de 1’01″. No masculino, Mangabeira está com o primeiro tempo mas ainda 7 décimos distante do índice olímpico, quem sabe sai amanhã.
O início das competições em Belo Horizonte teve tempos no geral fracos, falhas na organização e algumas surpresas.
No 200 peito, surpresa com a ausência das nadadoras do Pinheiros Carolina Mussi e Ana Carla Carvalho, que ficaram nas eliminatórias. Mussi é recordista sulamericana da prova, com tempo marcado quando fez o índice para Roma usando traje tecnológico – desde então, a paulista ainda não conseguiu chegar perto da marca. Na final, vitória para Michele Schimidt, do Corinthians, que já havia vencido a prova no Maria Lenk do ano passado e ficado em terceiro neste ano.

No masculino, a disputa foi bonita entre dois atletas do Flamengo, mas os tempos foram fracos para uma prova com grandes chances de dois atletas representarem o Brasil nas Olimpíadas. Henrique Barbosa, recém chegado ao PRO-16, levou a melhor sobre Thiago Parravicini, prata da casa do clube e um dos últimos a sair do Flamengo na má fase, época em que defendeu o Minas. De volta, ele que sempre ganhou tudo nos brasileiros de categoria, está no melhor da forma. Ambos fizeram 2’15, e por 10 centésimos Felipe Lima levou o bronze sobre Tales Cerdeira, impedindo o pódio flamenguista.
Pelas semi-finais do 50 livre, uma falha no placar eletrônico atrasou os resultados da primeira série. Gostei do tempo da Flávia (25″42). Não acredito que saia índice amanha, para o qual a pinheirense precisaria a abaixar 22 centésimos, mas fazia tempo que ela não nadava tão bem. Para a final, seis atletas estão balizadas abaixo dos 26″, entre elas Carolina Bergamaschi, do Pinheiros, única representante mulher do Brasil no Mundial Júnior. Promete ser uma bela disputa, com um toque a mais pela presença da holandesa campeã mundial do 50 borboleta Inge Dekker. No masculino, o pódio deve contar com Cielo, Fratus e Nicholas, resta saber as posições – Cielo vem insistindo em dizer que essa competição é só treino, nadando de sunga, e dizendo que Nicholas é favorito – meu palpite é que Cielo ganha amanhã, e pessoalmente, não gosto que insista tanto em dizer que esta competição é só treino – quem acompanha natação sabe disso, e para quem não acompanha, soa como desculpa e pode até acabar interpretado como desmerecimento dos adversários.
No 200 costas, Fabíola levou o ouro com o melhor tempo da carreira. A atleta abandonou faz tempo a prova de 200, com foco voltado para os 100 e o 50, mas nadou pela pontuação para o Minas, clube que defende desde o início do ano. Fernanda Alvarenga, que treina com ela em Brasília e defende o mesmo clube, ficou com a prata. Dificilmente veremos índice olímpico nessa prova até o ano que vem (0 2’10 é mais forte do que o recorde sulamericano de Alvarenga, feito ainda com os trajes tecnológicos). No masculino, ninguém entendeu muito o que aconteceu. Os nadadores entraram na área da piscina e seis foram retirados para que trocassem seus trajes, que segundo a arbitragem não seriam credenciados. A confusão tomou conta, alguns voltaram de sunga, e depois Ricardo de Moura, supervisor técnico da CBDA, permitiu que eles saíssem e colocassem os trajes. Ainda não se sabe ao certo o que houve, mas fontes presentes na competição disseram que os árbitros erraram (mesma impressão de Thiago Pereira, que reclamou da arbitragem ao sair da prova). O atleta levou o ouro com 2’00”15, seguido de Fernando Esrnesto que completou a dobradinha corinthiana.
As provas de fundo também não tiveram marcas expressivas. Joanna Maranhão passou na frente no 800 livre e foi ultrapassada por Cecilia Biagioli, mas as duas tiveram um segundo parcial fraco, fechando em 8’47″1 e 8’49″5. Poliana Okimoto forçou no final e chegou perto de Joanna mas terminou na terceira colocação, com 8’50, seguida de Ana Marcela, as duas especialistas em provas de maratonas aquáticas. Ao final da prova, Joanna postou no seu twitter que o 800 foi aquém do que gostaria, mas que o tempo seco da cidade dificultava as provas de fundo. No 1500, sem Arapiraca, contundido no ombro, Juan Pereyra levou a melhor com 15’25. Em segundo, Lucas Kanieski, que liderou a prova até os 750 metros, quando Pereyra disparou (dobrou os parciais) e Kanieski caiu de rendimento, fechando com 15’36.
Na disputa de clubes, ninguém disparou ainda: Minas terminou a etapa na frente com 347 pontos, e o Corinthians está na segunda posição com 311. Até o momento, Flamendo está em terceiro com 192 e Pinheiros está apenas em quinto, com Unisanta entre as duas.
Começa hoje a tarde na piscina do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, o primeiro dia de eliminatórias do Finkel, tradicional competição do calendário brasileiro de natação e uma das seletivas para os Jogos Olímpicos do ano que vem.
Até o momento são nove atletas com tempo abaixo das marcas pedidas pela FINA, oito homens e uma mulher – Daynara de Paula, no 100 borboleta; Fabiola Molina tinha alcançado a marca nos 100 costas na Seletiva para a Mundial mas teve o tempo anulado após testar positivo para metilhexanamina na competição.
Entre os homens, Cielo tem, evidentemente, as marcas nos 50 e 100 livre, a primeira também contando com Bruno Fratus – apenas dois por país podem nadar cada prova, então não há garantias até a última seletiva. Apesar de ver Nicholas Santos forte para buscar a marca, acredito que Cielo e Fratus devem se manter como representantes brasileiros em Londres, Cielo em busca do bi e Fratus de olho na medalha engasgada depois do quinto lugar em Shangai.
Para Thiago Pereira, com quatro índices até o momento (200 e 400 medley, 200 peito e 200 costas), o objetivo também é mais alto. Atleta do Corinthians e novo integrante do grupo de treinamento PRO-16, liderado por Albertinho, Thiago visa na temporada o PAN de Guadalajara, onde espera repetir o desempenho do Rio e levar sete/oito medalhas. Mais do que isso, o objetivo em Londres é chegar ao pódio, depois de alternar em quarto e quinto lugar em Atenas, Pequim e Roma, além da sexta colocação em Shangai. Sou uma grande fã de Thiago e espero que ele consiga melhorar o final de prova e chegar a um final de prova tão forte quanto os primeiros 150; se o fizer, certamente Thiago estará entre os três melhores do mundo.
No 200 medley, Henrique Rodrigues, que foi semi final em Shangai, também possui o índice. O nadador acaba de sair do PRO 16 por questões pessoais, decidindo voltar para perto da família em Curitiba, onde está treinando agora com Cesar Feustel. Henrique não participará do Finkel após uma lesão no ombro.
Passando para o borboleta, Kaio Márcio já possui índice para o 100 e 200 metros e Leonardo de Deus alcançou a marca dos 200 no Mundial de Shangai. Kaio é atleta do Fluminense, onde treina, e chegou ao Mundial com chances reais de pódio mas não conseguiu encaixar a prova na competição e acabou caindo em uma semifinal muito forte. Leo de Deus é um atleta em ascensão, também treinando no PRO-16, e se credencia como uma aposta real para o ano que vem. Ele também tem índice para os 200 costas, estilo hoje mais deficiente do país no masculino, com Guilherme Guido não conseguindo melhorar seus tempos e ainda sem índice para os 100 costas.
No peito, Felipe França e Felipe Lima já tem índice para os 100, prova disputada que no último ciclo olímpico teve quatro nadadores nadando abaixo do índice. Daquele vez, França e Henrique Barbosa (novo integrante do PRO-16) foram os classificados, deixando Lima e Fischer de fora. Tenho grande expectativa por França nos 100 peito. Sua marca de 1’00″01 feita nas eliminatórias foi o sétimo melhor tempo do ano, e embora tenha escorregado nas semi, ficando fora da disputa de medalha, é interessante ver a evolução do nadador, especialista nos 50 peito, mas que vem trabalhando com foco total na prova dos 100, visando a disputa olímpica dado que não há provas de 50 estilo na competição.
Além do Finkel, os atletas terão mais quatro chances para compor a seleção brasileira (PAN e Open, ainda este ano, Sul-Americano e Maria Lenk, já em 2012). Dessas, acredito que o Finkel será a competição mais fraca, com a maior parte dos atletas classificados para o PAN focados na competição continental e o restante devendo estar em melhor forma no Open – apenas um palpite meu.
Entre os revezamentos, o 4×100 livre masculino, nono lugar em Shangai, é o único classificado até o momento.
Quem mais?
Aguardarei os resultados do Finkel para uma análise mais completa, mas de cara, listo alguns nomes com chances reais de chegar à Londres.
Entre as mulheres, acredito (e torço) para que Fabíola volte a nadar abaixo dos 1’00″82 que garantem a classificação. Se não for agora, certamente a nadadora de São José tem plenas condições de repetir o tempo nos próximos eventos. Joanna Maranhão é outra que pode conseguir a vaga. Nos 400 medley, a pernambucana já fez tempo abaixo do índice no 400 medley (não nas seletivas), mas ela não esta inscrita na prova no Finkel e suas últimas declarações indicam que deixará de treinar de nadar para a prova que deu a ela o quinto lugar em Atentas (desde então, Joanna nunca conseguiu superar os 4’40″00; a vez que chegou mais perto foi em Pequim, quando fez 4’40″18). Acredito que a nadadora (recém saída do Minas para o Flamengo) tem chances nos 200 medley e 200 borboleta, nas duas a 1/2 segundos do índice.
Entre os homens, acredito em índice para Tales Cerdeira e Henrique Barbosa, ambos com chances nos 100 e 200 peito – entendo que muito dificilmente não tenhamos dois nadadores em cada uma dessas provas, resta saber quais serão. No 100 costas, não duvido que Guido alcance os 54”40 até o ano que vem, mas gostaria de ver outro nadador chegando perto, de forma análoga ao 100 peito, que gerou uma disputa saudável melhorando o nível de todos os concorrentes. Nas provas de fundo, ainda com um vácuo em Olimpíadas desde a aposentadoria de Luiz Lima, Arapiraca vem melhorando mas ainda precisa de uma evolução mais consistente para chegar ao 15’10” e agora se recuperar da lesão no ombro que o tirou do Mundial Militar e também do Finkel.
Disputa de clubes
Competindo em casa, vejo o Minas como favorito ao primeiro lugar, repetindo a dose do Maria Lenk no início do ano, quando desbancou o Pinheiros do lugar mais alto do pódio após nove anos de supremacia. Mas não creio que teremos uma distância tão absurda como no início do ano (cerca de 800 pontos). Do lado do Minas, o principal desfalque é o técnico Fernando Vanezella, além de Joanna Maranhão. As duas estrangeiras, ainda que fortes, não sao tão superiores como as contratadas no Maria Lenk (Inge Dekker, campeã dos 50 borboleta, e Kimberly Vanderbergh, americana que treina em Marseille e tem como principal título o bronze no 4×200 livre em Pequim; no primeiro semestre, Receba Soni e Coventry, ambas campeãs olímpicas e mundiais em provas individuais, haviam reforçando o time mineiro).
Apesar dos desfalques, o Pinheiros também não traz muitas novidades, sem estrangeiros e com o desfalque de Gabriella Silva, principal nome feminino da equipe. Por outro lado, a força nas provas de peito feminino, os revezamentos e o grande número de atletas em finais devem ajudar o clube a garantir o segundo lugar – ainda que não descarte Corinthians ou Flamengo roubando esta posição.
Entre os dois, repetindo a disputa do Brasileiro de Futebol, a competição promete ser boa. Flamengo tem Cielo e os principais nomes do PRO 16, enquanto o Corinthians traz Thiago Pereira, que nada mais provas e sempre pontua muito. A estrangeira do Flamengo, Mireya Belmonte, também presente no Maria Lenk, também pontua bem, e mesmo sem desempenho tão bom em Shangai ainda é bem superior que as brasileiras. Para o Corinthians, as provas de fundo são importantes, com Cecilia Biagioli e Poliana nas primeiras posições e mais 2/3 atletas que costumam ficar entre as oito primeiras.