Se algum tenista brasileiro entende de Olimpíada, esse alguém é Fernando Meligeni. Dono de três títulos de ATP, campeão Pan-Americano em Santo Domingo-2003 e semifinalista nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996, Fininho falou ao Esporte Em Pauta sobre suas expectativas para o esporte em Londres.

Serena é uma das favoritas ao ouro
As competições no All England Club começam no dia 28 de julho e vão até 5 de agosto. Meligeni, que irá comentar os jogos na ESPN Brasil, acredita que a final masculina deve ser composta pelos líderes do ranking mundial. “Federer é o maior favorito, Djokovic o segundo e depois tudo pode acontecer. O Federer ganhou Wimbledon e joga demais na grama; o Djoko vem jogando firme e perdendo poucos jogos”. Já a disputa pelo bronze promete ser maior segundo o especialista. “A última medalha pode sair para qualquer um: Tsonga, Murray, Roddick ou Ferrer”, completa.
Pelas regras, os jogadores de um mesmo país só podem se enfrentar em uma eventual semifinal. Para Meligeni essa formação é a mais justo. “Acho justo nas Olimpíadas ter esse formato, não seria agradável ter um jogador atuando contra outro do mesmo país nas primeiras rodadas”, crava. Diferentemente de Wimbledon, os jogos masculinos serão disputados em melhor de três sets, mas por ser na superfície rápida, Fininho acha que os favoritos não mudam. “Acho mais fácil ganhar de um top em melhor de três sets, mas na grama é complicado aparecer um jogador novo que possa surpreender”, diz.
Entre as mulheres, Meligeni aposta nas tenistas que mais se destacaram neste ano. “Acho que a Sharapova, Serena e Azarenka são as favoritas. O feminino é bem mais complicado prever, tem muita gente que pode ganhar”. Mas para ele, o equilíbrio existente entre as jogadoras top podem causar surpresas, ao contrário dos homens. “O nível é muito parelho, sem falar que na grama o tênis feminino é mais imprevisível ainda”, afirma.

Soares/Melo brigam por medalha
O Brasil contará apenas com Thomaz Bellucci na chave de simples. Embalado por ótimos resultados nas últimas três semanas sobre o saibro europeu, o número um do país é uma incógnita e todos querem saber até onde ele pode chegar. “Essa é a pergunta do momento. Ele não é nem de perto um dos favoritos, mas tênis é complicado prever”, afirma Fino. A confiança adquirida nos últimos torneios pode ser um fator determinante para uma boa campanha. “O tênis varia muito pela confiança do atleta, isso é uma coisa positiva para o Thomaz hoje”, assegura o semifinalista de Roland Garros em 1999.
A maior possibilidade de medalha para o Brasil está nas duplas. Bellucci atuará ao lado do experiente André Sá, enquanto Marcelo Melo e Bruno Soares formam a parceria que traz mais esperanças aos brasileiros. “Acho que o Bruno e o Marcelo lutam por medalhas. Espero que eles tenham uma boa chave. Os dois jogam muito bem juntos”, finaliza Meligeni.
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