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  • Gigante russo “surge” no meio do jogo e tira o ouro do Brasil

    12/08/2012 por Vitor Morales em Londres 2012, Notícias, Vôlei / 1 Comentário
    Inexplicável. Esta foi a resposta dada por jogadores brasileiro após a derrota por 3 a 2 para os russos que adiou por mais 4 anos o título de campeão olímpico no vôlei masculino. O Brasil, que chegou a ficar a 1 ponto de fechar o jogo em 3 a 0 e garantir o ouro, assistiu a uma reação russa incrível e de forma implacável em pouco tempo. Os 2 match points salvos pelos russos pareciam ter feito os 2 times inverterem os papeis e o voleibol que desempenhavam até então.

    A primeira metade desta história teve o Brasil soberano em quadra, com bons saques e bom posicionamento da defesa proporcionando importantes pontos de contra-ataque. O Brasil administrava a força ofensiva do adversário enquanto os russos pareciam apenas tentar acompanhar o ritmo mais forte dos brasileiros, de quem já haviam perdido por 3 a 0 na primeira fase. Este enredo perdurou até os 2 primeiros sets, fechados em 25 a 19 e 25 a 20. Foi então que o técnico russo mexeu no seu time e com o jogo. Trocou a posição de seu meio de rede Muserskiy, o jogador mais alto da competição com 2,18 metros, que pouco fazia no meio de rede e o colocou na saída. Mikhaylov também deixou a posição de oposto e foi para a entrada de rede para compor a dupla que conduziria a ressurreição dos russos.

    Com russos melhores organizados e brasileiros ainda em bom rendimento, o 3º set foi o mais equilibrado apesar de sempre apresentar pequena vantagem brasileira. Quando o placar indicava 22 a 20 para o Brasil, a impressão era de que estávamos diante da contagem regressiva do título brasileiro. Contagem regressiva que parou por 2 vezes no último ponto, pois por 2 vezes os russos mostraram a frieza que lhes é peculiar e souberam reverter o que já era certo, fechando o set em 29 a 27.

    O baque da derrota no 3º set foi agravado com a substituição de Dante, que sentiu lesão no joelho. Era a vez do experiente Giba entrar em quadra e retomar a condução do time, como havia feito em 2004, mas não foi o que se viu. Ele sentia a falta de ritmo de jogo, enquanto Muserskiy virava bola atrás de bola. O ataque brasileiro parava no alto bloqueio russo, com exceção de Wallace que sabia encontrar brechas e explorar a mão do adversário de forma eficaz, mas não suficiente. Os russos fechavam o set em 25 a 22 em um erro de saque de Murilo, um dos mais abalados com a situação que presenciava.

    Para o tie brake Bernardinho tentou reestabelecer o padrão de jogo anterior e colocou Dante para jogar no sacrifício. Contudo, a postura do time permanecia a mesma do set anterior. Os brasileiros assistiam aos seguidos pontos de Muserskiy, 31 na partida, e não conseguiam armar boas jogadas em razão do forte saque russo. Restava a eles apenas lamentar por não terem batido os russos quando seu gigante pontuador ainda estava adormecido. 15 a 9 no placar e Brasil com a medalha de prata.

    Vitor Morales teve o voleibol como parceiro de estudos por 9 anos de sua vida, embora seja mais fácil encontrá-lo na arquibancada do Pacaembu do que em um ginásio.

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    1 Comentário

    • Tay

      Boa mozao!!!gostei do texto!! Resumiu bm a partida!o tecnico russo acordou com a estrela hj e o coringa dele correspondeu!

      12 ago 2012 01:08 pm (@Twitter)
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