O que mais se tem ouvido de jogadores, técnicos e críticos é que esta é a Superliga mais equilibrada de todos os tempos, tanto a disputa feminina quanto a masculina. Embora pareça clichê e um pouco forçado demais, é exatamente isso que se viu neste final de semana.

Com apenas dez meses de vida, o time do RJX se formou cheio de estrelas da seleção brasileira (como Dante, Marlon e Lucão) e cotado a ser campeão. Mas a equipe começou a Superliga cambaleando, fez uma fase de classificação cheia de altos e baixos e avançou aos playoffs somente na sétima e penúltima colocação. Muito dessa dificuldade se deu devido à pouca preparação na pré-temporada, já que os selecionáveis só chegaram depois.

RJX eliminou o Sesi, campeão da Superliga na última temporada

Nas quartas de final, o favoritismo era todo do Sesi-SP, atual campeão, classificado em segundo lugar e um time redondinho, entrosadinho, que conta com o melhor jogador do mundo, Murilo, e outros galácticos do elenco verde-amarelo de Bernardinho. Mas o clichê (mais um) de que a fase final é outro campeonato também vale para esta competição, que de óbvia não tem nada.

Sem o mando de quadra e com a pressão defazer valer os  R$ 13 milhões investidos pela empresa do bilionário Eike Batista no time, o RJX mostrou o que foi fazer na Superliga. Em apenas doisjogos, Dante, Lucão, Marlon, Théo e companhia provaram realmente que todos os clichês deste campeonato são verdadeiros. Esta Superliga é sim a mais equilibrada dos últimos tempos (RJX venceu o Sesi em dois jogos decididos no tie-break, sendo que qualquer um dos times poderia ter ganho) e também que a fase final é outra competição.

No mata-mata, o RJX não parecia nem de longe aquela equipe cheia de estrelas tímidas e oscilantes. No tudo ou nada, os cariocas mostraram que, embora recém-formados, formam uma equipe altamente competitiva e realmente fortíssima candidata ao título. Nas semis, o RJX enfrenta o vencedor do duelo entre Vôlei Futuro e Medley/Campinas. E vai saber o que se esperar deste embate.

Amanda Sampaio e Vanessa Kiyan são jornalistas formadas pela Faculdade Cásper Líbero e respiram vôlei desde crianças. No último ano da graduação, resolveram transformar a paixão em trabalho. Em 2010, criaram o Saque Viagem, um site dedicado somete à modalidade mais vitoriosa do Brasil. Paralelamente a trabalhos em outros lugares, as duas transformaram o Saque Viagem em um dos mais respeitados portais de vôlei do País.