Como havia prometido no ultimo post, quando escrevi sobre a volta de seleção masculina de basquetebol aos Jogos Olímpicos, dessa vez vou tentar explicar por quais motivos levaria os jogadores brasileiros que atuam na NBA e não participaram do pré-olímpico, em agosto na Argentina, onde o Brasil conseguiu a classificação para as Olimpíadas após 15 anos.
Primeiramente já podemos excluir dessa breve análise o pivô Tiago Splitter, jogador do San Antonio Spurs, que representou o Brasil em praticamente todas as competições nos últimos anos, vive um bom momento na NBA e já tem sua convocação praticamente garantida.
Outro atleta que talvez já tenha a vaga assegurada no time de Rubén Magnano é Anderson Varejão. Pivô do Cleveland Cavaliers, o brasileiro vive atualmente a sua melhor fase na NBA e é considerado por técnicos e jogadores um dos melhores pivôs na liga. Com médias de 10,8 pontos e 11,5 rebotes por jogo, Anderson é visto hoje pela sua equipe como indispensável, tanto que o dono do time da Cleveland já disse por várias vezes que ele é um jogador inegociável.
Lembrando que ele chegou a ser convocado pra o pré-olímpico e se apresentou, mas acabou sendo cortado devido a uma lesão no tornozelo direito. Hoje vejo Varejão como um dos melhores defensores da liga americana e gostaria muito de poder contar com ele no time. Alto, não muito forte mas bastante ágil, e que pelo que vem jogando provavelmente só fica atrás de Dwight Howard, astro do Orlando Magic.
Após anos sendo criticado pelo seu baixo potencial ofensivo e pelo pouco que ele produzia no ataque dos Cavaliers, porém nessa temporada Varejão vem mostrando que é sim capaz de ajudar muito o time também no ataque.
http://www.youtube.com/watch?v=PowUbrqHJcc&feature=related
Vale a pena lembrar que, infelizmente, no último dia 10 ele acabou sofrendo uma micro fratura na mão durante a derrota da sua equipe para o Milwaukee Buckse e ainda não tem previsão de volta as quadras.
Agora vamos aos dois casos mais delicados do basquete brasileiro. Leandrinho Barbosa e Nenê Hilário. O primeiro sempre esteve presente nos campeonatos disputados pelo Brasil e alegou uma contusão para não ir a Mar Del Plata. Já Nenê tem um histórico de confusões com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) e consequentemente com a
seleção, sempre é convocado para jogar pela Seleção, mas quase todo às vezes alega algum problema de saúde ou familiar e acaba pedindo dispensa. Os dois jogadores vivem bons momentos na NBA (mas em um nível abaixo de Anderson Varejão) e podem ser peças fundamentais em uma campanha vitoriosa esse ano nas Olimpíadas. A questão é se devemos dar uma segunda chance (ou terceira, quarta, etc, no caso de Nenê) para eles.
Pessoalmente acredito que Leandrinho seja peça importantíssima para o Brasil, bom chutador da linha dos três pontos e muito veloz nos contra ataques. Agora já vejo Nenê com um pé atrás, mas que seria um belo jogador para completar o elenco e ter seus minutos em quadra, principalmente, para dar descanso aos outros pivôs da seleção (Varejão e Splitter). Além disso, ainda pode ser muito importante para dar um pouco mais de força ao garrafão brasileiro.
Por hora, se fosse Rubén Magnano, montaria o time com Marcelinho Huertas (armador), Leandrinho (ala-armador), Alex Garcia (ala), Anderson Varejão (ala-pivo) e Tiago Splitter (pivô). Não sei se é o melhor que temos, mas é um time que eu vejo com condições de jogar bem contra um estilo de basquete de muita força e velocidade.
2 Comentários
Bruno Zermiani
Engraçado que até algum tempo atrás levar o Nenê ou não parecia essencial para o time. Agora, com a fase do Varejão, não parece tão necessário assim. Se o cara nunca teve vontade – não sei se é bem esse o termo, mas enfim – de defender a seleção, não sei nem se os outros jogadores veriam a ida dele pras Olimpíadas com bons olhos.
Thiago, aproveito pra divulgar o blog http://jogoolimpico.wordpress.com/, que eu administro junto com outros colegas que cursam ou se formaram recentemente no curso de jornalismo da UFPR.
Abraços!
01 mar 2012 04:03 pm (@@bzermiani)
Nome Thiago Morais
Concordo com vc Bruno. Levar um cara que nunca esteve "afim" de defender a seleção brasileira, pode ser um problema perante o resto da equipe. Mas como eu tentei passar no texto, quero que o Brasil vá até Londres e jogue para brigar por alguma coisa decente. E hoje não podemos descartar algumas qualidades do Nenê que podem ser importantes em determinados jogos. O levaria por isso e só por isso. Apesar da fase do Varejão não vejo os dois disputando a mesma vaga no time, acho que a disputa é muito mais entre o Splitter (que pra mim sempre jogou com muita raça pela seleção) e o Nenê.
Vou divulgar sim o blog. Obrigado pelo comentário.
Abraços
01 Mar 2012 04:03 pm (@Twitter)
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