
O título mundial inédito do handebol feminino encerra um ano de resultados expressivos para o esporte olímpico do país. Foram oito medalhas de ouro em provas olímpicas em Mundiais, e 27 medalhas no total. Como comparação, nas últimas Olimpíadas, foram 17 medalhas, sendo três de ouro. É claro que Mundial é diferente de Olimpíada. Ainda assim, os resultados devem ser comemorados.
Dos 12 jogadores que estiveram em Londres, oito têm menos de trinta anos e plenas condições de estar nos Jogos do Rio. Além deles, vários outros estão surgindo. Contamos com um técnico gabaritado, um armador acima da média e ótimos pivôs para os próximos anos, mas ainda estamos carentes de um franchise player (aquele cara que vai botar a bola debaixo do braço no fim do jogo e resolver a partida)
Antes dos jogos começarem, Kobe Bryant disse que esse time dos EUA poderia bater o Dream Team de Barcelona 92 e foi zombado por isso. Porém, com esses números, uma coisa ficou clara: a diferença técnica, tática e física desse selecionado é proporcional à daquele time. Muito se falou sobre uma possível dificuldade dos americanos teriam ao enfrentar alguns adversários (Espanha, Argentina, Rússia), mas o que se viu em Londres foi uma aula de basquete com o selecionado norte americano
Com uma atuação ofensiva abaixo da média e muitos lances livres errados (12-24) o Brasil perdeu para a Argentina, 82 a 77. A equipe comandada pelo argentino Ruben Magnano também falhou muito defensivamente e pagou caro por isso. O Brasil encerra sua participação nos Jogos na honrosa 5º colocação, à frente de Lituânia e França, duas potências do basquete europeu
Não se pode tirar o mérito do time brasileiro, pois a vitória foi merecida e incontestável (pelo menos para o colunista que vos escreve). Mas vale deixar uma observação que a França entrou com protesto no COI contra o resultado da partida. Com esses resultados teremos um Brasil x Argentina e França x Espanha nas quartas. Como disse Varejão em uma das suas entrevistas: “quem quer ser campeão não pode escolher adversários”. Que venham os hermanos
Prata em Atlanta e Bronze em Sydney, nossa seleção feminina sucumbiu à má organização e caiu logo na primeira fase. Problemas no comando técnico e de indisciplina fizeram com que nossas meninas chegassem aos jogos completamente “perdidas”. Com quatro derrotas e uma única vitória nossa seleção terminou em quinto no grupo e nona na classificação geral
A ala Iziane, uma das melhores jogadoras da seleção brasileira feminina de basquet, foi cortada das Olimpíadas por questões de indisicplina. Essa não é a primeira vez que a jogadora tem problemas com a seleção – ela já havia ficado fora de Pequim por questões disciplinares. Com o corte, o Brasil competirá com apenas 11 jogadoras
No mesmo dia que a seleção brasileira masculina de basquete conquistou o título do Quadrangular Eletrobrás, jogando com dois jogadores da NBA, Tiago Spliter e Nenê, mais um brasileiro foi selecionado para fazer parte da liga americana a partir da próxima temporada. Fab Melo, pivô de 22 anos que jogava pelo Syracuse no NCAA, foi selecionado pelo Boston Celtics logo na primeira rodada
Enquanto a Seleção Brasileira principal de basquete treina em São Carlos sob o comando de Rubén Magnano, de olho nas Olimpíadas, uma Seleção B, formada por jovens jogadores, representou o Brasil no sulamericano da modalidade, disputado em Chaco, Argentina. O Brasil terminou em quarto na competição, e ao final da disputa, Magnano chamou Benite, Nezinho e Augusto Lima para se juntar ao grupo de selecionáveis para as Olimpíadas
Os armadores serão Marcelinho Huertas, Larry Taylor e Raulzinho; alas são Leandrinho, Marcelinho Machado, Marquinhos e Alex, alas pivôs: Anderson Varejão, Guilherme Giovanoni; pivôs: Thiago Splitter, Rafael Hettsheimeir, Nenê e Caio Torres. O armador Ricardo Fischer e o ala-pivô Ronald treinarão junto com o grupo da Seleção durante a preparação