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  • Passado os Jogos de Londres, a pergunta que fica é: e agora?

    14/08/2012 por Gustavo Battaglia em Basquete, Notícias, Opinião / Sem comentários

    Depois de um longo período fora dos Jogos Olímpicos, a seleção brasileira fez um excelente trabalho em Londres. Vencemos a favorita Espanha e, até mesmo nas derrotas para Rússia e Argentina, jogamos basquete de alto nível. No final terminamos em 5º lugar e, de quebra, saltamos do 13º para o 9º no ranking da FIBA.

    Claro que isso tudo é muito pouco para uma seleção que já foi bicampeã mundial (1959 e 1963) e três vezes medalhista olímpica (1948, 1960 e 1964), mas é prova de que o trabalho nesse último ciclo olímpico foi bem feito. A classificação para os Jogos veio com “tranquilidade” no Pré Olímpico das Américas, onde derrotarmos Argentina, República Dominicana e Porto Rico, antigos algozes do basquetebol tupiniquim.

    Depois de tanta evolução, o que esperar da seleção brasileira até 2016?

    O primeiro passo para nos mantermos em ascensão foi dado. O contrato do técnico Ruben Magnano foi renovado até 2016, mas isso ainda é muito pouco para uma seleção que pretende voltar ao pódio olímpico. Se o basquete (leia-se CBB) pretende voltar a ser o segundo esporte nacional, outros tipos de investimento precisam ser feito.

    Não vou ficar aqui apontando as excessivas falhas da CBB, pois esse não é o objetivo desse texto. É sabido que a política nacional de esportes de base precisa ser melhorada e a confederação tem que ser uma das principais ferramentas dessa mudança. É ela quem tem que gerir os torneios escolares, cobrar das federações campeonatos melhores e promover intercâmbios de jogadores e técnicos.

    Dos 12 jogadores que estiveram em Londres, oito (Raulzinho, Caio Torres, Huertas, Leandrinho, Varejão, Nenê, Splitter e Marquinhos) têm menos de trinta anos e plenas condições de estar nos Jogos do Rio. Além deles, vários outros estão surgindo (ou já são realidade), caso de Scott Machado, Fab Mello, Rafa Luz, Augusto Lima, Vitor Faverani, Rafael Hettsheimeir, entre outros.

    Contamos com um técnico gabaritado internacionalmente, um armador acima da média e ótimos pivôs para os próximos anos, mas ainda estamos carentes de um franchise player (aquele cara que vai botar a bola debaixo do braço no fim do jogo e resolver a partida). Infelizmente tenho que concordar com o amigo Fabio Sormani que afirma que o último jogador desse tipo que tivemos no Brasil foi Oscar Schmidt. Cabe aqui ressaltar que nosso eterno camisa 14 era um exímio pontuador, mas não defendia bem. Leandrinho sempre se candidatou ao posto, mas já provou mais do que uma vez que não dá conta do recado. Nos falta um jogador com capacidade de decisão como Ginobili, Navarro ou Kirilenko.

    Teremos quatro anos de treinos e competições para nos afirmarmos como uma potência do basquete mundial e lutarmos por uma medalha em 2016.

    Gustavo Battaglia apaixonou-se pelo basquete assistindo aos Jogos Olímpicos de 1992, quando viu o Dream Team passeando em Barcelona. Hoje é técnico e consultor de basquete, e escreve no blog Homens Brancos não sabem blogar
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    • basquete

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