Em uma viagem tão legal como essa e em uma cidade como Barcelona, é difícil eleger o lugar mais legal e o melhor dia, mas confesso que hoje tanto o passeio como a competição foram muito bons e estou indo dormir bem feliz – a única ressalva é que passo tanto tempo no Palau que não consigo aproveitar tanto a cidade. A parte boa é que estamos num hostel muito bem localizado, então agora a noite quando saimos para comer, já acaba sendo muito gostoso.
De manhã fui ao Parc Ciutadella, que fica a umas 4 estações de metrô daqui. É lá que fica o Zoológico, o Parlamento e alguns musesus, além de uma fonte muito bonita de um cara chamado Josep Fontsere que na época tinha o Gaudí como um dos alunos. Achei tudo lindo: o Arco do triunfo na entrada, o caminho dele até o Parque, andar no parque, sentar e ficar vendo a fonte com o sol ao fundo…
Estava lá sozinha e era gostoso ficar andando mesmo com o sol. Não estava muito cheio, bem diferente do Parc Guell e da Sagrada Família, então não parecisa tão turístico. Muita gente correndo e andando de bicileta também. Já estava na hora de eu me exercitar também, e fiz isso em grande estilo, nadando no Palau Sant Jordi – contei com detalhes aqui. Aqui embaixo um vídeo feito pelo Takata (para ver só a minha parte, ir para o minuto 6:50, mas vale ver a “reportagem” inteira que tem bastidores da piscina e está muito legal!).
De manhã uma atração linda mesmo que sem a imponência dos outros pontos turísticos (tem algo mais “simples” do que um lugar bonito para andar ou ficar sentado fazendo um piquinique?), de tarde um lugar que simboliza o que mais gosto no mundo, natação (falar de natação, nadar ou escrever de natação). To em casa.
As provas foram bem legais. Estou ansiosa para o 100 livre feminino amanhã e o de hoje foi bem legal também. Achava Magnussen bem metido depois de Londres e hoje fiquei impressionada e especialmente tocada pela seriedade e sinceridade dele na coletiva de imprensa. O australiano mencionou umas três vezes que essa vitória foi muito importante pelo que ele passou depois das Olimpíadas (perdeu o ouro por 1 centésimo mesmo tendo o melhor tempo do ano), e me pareceu muito sério e mais humilde. As pessoas aprendem, evoluem… e isso é ótimo.
A prova do Thiago me deixou bem tensa. Nos primeiros 50 achei que ia dar para ser campeão, no 100 também, no peito tive certeza que seria quinto, quando chegou achei que tinha sido prata e só depois me dei conta que foi bronze. Ouvi um pouco da entrevista dele depois para repórteres brasileiros, e achei legal especialmente quando ele mencionou a honra que tem de ter feito parte da história de Phelps,e embora não tenha falado, senti no olhar dele um orgulho de pensar “sou um dos poucos que já ganhou desse cara”. Muita gente fica falando coisas como “que pena que Thiago e Lochte nasceram na mesma época de Phelps”, mas isso é uma besteira tão grande… eles não existiriam como são hoje se não fosse o Phelps! E deve ser meio chato pros atletas que o Phelps é mencionado em praticamrnte todas as entrevistas.
Falando nele: Lochte. Desde que começou o reality show deu para ver como ele é meio lesado em entrevistas. Não sei se força, não sei se esconde o jogo, não sei se ele tá só tirando uma com a cara de todo mundo. Mas vou dizer que é bem engraçado e divertido ver ao vivo ele demorando uns 10 segundos para começar a falar e se enrolando um pouco nas perguntas. Por exemplo quando foi perguntado se o 200 medley é sua prova favorita e ele enrolou, enrolou, disse que ama natação então não escolhe provas, mas que “por exemplo gosto muito do 400 medley, que a maioria não gosta”. Único detalhe é que ele saiu dessa prova e nem vai nadá-la no Mundial!. Crazy.
Torci tanto para a Mireia, eu e a torcida inteira presente ao Mundial hoje – aliás, o dia mais cheio até agora, em grande parte pelo 100 livre e pelo 200 borboleta em que a espanhola tinha grande chances de ouro. Foi quase! Fiquei meio frustrada de ver a chinesa Zige Liu batendo na frente, mas depois voltei a pensar naquilo de que “todo mundo tem uma história…”. Na coletiva da Zige Liu, ela comentou que foi muito difícil ficar machucada ano passado, e ficou feliz a seu modo quando um jornalista mencionou “5 anos depois de Pequim, Zige Liu está de volta”. Outra coisa legal é que a Mireia estava a todo momento radiante: sempre sorrindo, na chegada, no pódio, mesmo devendo estar um pouco triste de não poder ouvir o hino espanhol que tanto queria. Ela é tão alegre competindo como Missy, mas não tão expansiva como a americana. Gosto bastante dela.
Fui embora de carona com o coach e o Takata e fui jantar com a Dani e o Jarkko num restaurante aqui perto. Una vez más, comemos demasiado.
Não queria ir dormir, porque não quero que esse dia acabe.. a parte boa é que amanhã tem mais.
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