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  • Albertinho critica novo programa de provas e diz que 100 também é foco de Cielo

    28/04/2012 por Beatriz Nantes em Coberturas, Destaque, Home, Natação, Notícias / 1 Comentário

    Albertinho, técnico de Cielo e do PRO-16, criticou o novo programa de provas do Maria Lenk, que seria pior para velocistas, e afirmou que o 100 livre também é foco para César Cielo nas Olimpíadas. “Estamos tão focados para o 100 quanto para o 50″, disse o técnico, que, assim como Cielo, esperava um tempo melhor no 100 livre. “Até pelo tempo que ele fez no 50, esperávamos uma passagem melhor e uma volta melhor também”.

    Cielo nadou para 48”28 ontem, o sexto tempo do ano e mais de um segundo atrás do tempo de James Magnussen na seletiva australiana (47”10). Ao final da prova, Cielo afirmou que o foco era no 50 livre e não estava treinando tanto para essa prova. Albertinho comentou que depois de soltar após a prova e nadar o revezamento, Cielo analisou melhor a prova e sabe que está nadando bem, até por ter nadado um 50 livre muito forte. “Vamos fazer um brainstorming e ver o que não deu certo, mas vamos para o 100 para brigar pela medalha de ouro”, afirmou. Ele apontou a mudança do programa de provas como um dos fatores que prejudicou a performance, notando que não só ele como todos os nadadores da final do 100 livre, tanto no masculino como no feminino, ficaram acima dos tempos que todos estavam esperando.

    A CBDA mudou o programa de provas este ano, passando as finais para o período da noite e as eliminatórias para a manhã, algo que não acontecia desde 1996, e se alinhando ao que acontece nas Olimpíadas e nas principais competições do mundo. Albertinho comentou que, com a disputa dos revezamentos, o programa ficou muito estressante para os velocistas.

    Na Austrália e na Grã Bretanha, que passaram recentemente pelas seletivas da natação – e onde Magnussen conseguiu o melhor tempo do mundo sem trahes – a competição segue o programa das Olimpíadas e é disputado em oito dias, contra cinco no Brasil. No entanto, lá os velocistas nadam três vezes a mesma prova, com eliminatórias, semifinais e finais – aqui, não há disputa de semifinais. Na semifinal do 100 livre na Austrália, Magnussen nadou para 47”93, depois de ter feito 48”26 nas eliminatórias no mesmo dia, contra 49”27 de Cielo nas eliminatórias e 48”28 a noite, na final.

    Cielo não gostou do 100 livre (Foto: Victor R. Caivano/AP)

    Antes da final do 100 livre, Cielo teve seis quedas na água, nas eliminatórias e finais do 50 livre e 50 borboleta, finais do 4×100 livre no dia anterior e eliminatórias do 100 livre. Antes do Maria Lenk, Cielo já havia comentado que o melhor para os atletas seria tirar a disputa das provas de 50 estilo, que não são olímpicas, e dos revezamentos, mas ponderou que sabia da importância da soma de pontos para os clubes. O Flamengo, clube que Cielo defende pelo segundo ano consecutivo, está em segundo lugar no geral, depois de ter sido ultrapassado pelo Pinheiros ontem.

    Avaliação positiva do PRO-16
    Albertinho avaliou positivamente a performance do PRO-16, equipe de excelência de treinamento capitaneada por Cielo criada ano passado, tendo Albertinho como técnico principal. Os seis nadadores da equipe saem do Maria Lenk com índice, mas Nicholas Santos ainda não tem vaga, uma vez que dois nadadores (Cielo e Fratus) ficaram à sua frente na prova em que conseguiu a marca (50 livre). Nicholas ainda tentará vaga no revezamento 4×100 livre, a ser definida na Tentativa Olímpica, de 9 a 12 de maio. Para conseguir uma das vagas, os atletas terão que nadar abaixo de 48”79 de Marcelo Chiereghini, hoje o quarto integrante do revezamento.

    Henrique Barbosa sai da competição com a vaga no 200 peito e índice no 100, mas também sem vaga nesta prova pela performance dos demais – Felipe França e Felipe Lima ficaram com as duas primeiras vagas. “A meta era sair daqui com o índice. Se outros nadadores conseguiram também, ai foge do nosso controle. Mas estamos muito satisfeitos”, disse Albertinho.

    Foto: Antonio Scorza/AFP

    Ele exaltou ainda a superação de Tales Cerdeira, que também nadou abaixo do índice no 100 e conseguiu a vaga no 200, depois de nadar para 2’10”37 nas eliminatórias. Tales teve uma lesão de grau 2 em uma escala que vai até 3 e passará por ressonância na quarta-feira. Albertinho chamou de heroico o feito de Tales, e também do médico Gustavo Magliocca e do fisioterapeuta Natan Cunha, que fazem parte da equipe, e conseguiram fazer milagre para Tales nadar. “Se não tivesse tido esse problema, ele teria nadado menos. No caso do Tales não tem que mexer nada no treinamento, ele está pronto”.

    Albertinho chamou atenção também para Leo de Deus, que conseguiu baixar duas vezes seu tempo no 100 borboleta, prova que tem dificuldade de nadar dado sua característica que faz dele especialista na prova de 200. Ele também exaltou o 200 costas forte e disse que hoje a noite Leo pretende fazer um tempo expressivo no 200 borboleta em termos de ranking mundial. Sobre Thiago, o técnico gostou principalmente do 200 medley, mas ainda assim esperava menos, algo mais próximo do 1’56”56 de Michael Phelps no GP de Indianapolis este ano. O 1’57”11 feito no Maria Lenk é o segundo melhor tempo do mundo este ano.

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    • maria lenk 2012

    1 Comentário

    • NomeRogério CACO Guimarães

      Em ano olímpico, não se deveria comprometer uma competição desse nível pensando em quem será o clube campeão brasileiro, mas sim, na representatividade brasileira em Londres.
      Um programa de provas que inclui “provas não olímpicas” e revezamentos, sobrecarregando os atletas, e muitas vezes comprometendo o objetivo maior; Londres, poderia ser revisto!
      Imagino que existem muitos interesses envolvidos, principalmente os patrocinadores, tão raros no cenário esportivo nacional. Mas qual empresário não gostaria de ter seu produto/marca ligado ao nome de um atleta olímpico?
      Quem sabe para as próximas edições dos Jogos (Rio 2016), a natação brasileira pense em um “Time Nacional”.
      Abraços!

      28 abr 2012 07:04 pm (@Twitter)
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