Dentre os poucos feitos não alcançados por Phelps, um deles pode ser atingido em Londres: o tricampeonato olímpico, algo jamais alcançado por um nadador nas provas masculinas. Além das provas de medley, ele tem chance de conseguir o tri nas duas provas de borboleta, estilo que o lançou para o mundo, no recorde mundial batido em 2001, na prova de 200 borboleta. Desde então, ele nunca perdeu essa prova em Mundiais ou Olimpíadas, e é nela que tem seu domínio mais extenso, de mais de uma década.
Se na prova de 200 borboleta a longevidade de Phelps e poucos adversários à altura do americano dão o tom das disputas nos últimos anos, o 100 é marcado pelas provas mais emocionantes dos últimos anos. A última vez que Phelps perdeu um 100 borboleta foi no Mundial de 2003, quando foi surpreendido por Ian Crocker, que até hoje tem o melhor tempo da história sem trajes. Um ano depois, parecia que Phelps ia perder de novo, mas uma vitória nos últimos metros garantiu o ouro. O roteiro se repetiu em Pequim, na incrível batalha contra Cavic vencida por um centésimo, e novamente no Mundial de Roma, em 2011, contra o mesmo sérvio.
No 100, Cavic dará trabalho mais uma vez, e o americano TylerMcGill, que ficou com a segunda vaga do país, está muito bem e tem o segundo melhor tempo do ano. No 200, Phelps terá como adversários os velhos conhecidos Peng Wu, da China, o japonês Takeshi Matsuda e o polêmico Nick D´Arcy, australiano que se classificou para Pequim mas acabou fora dos Jogos por se envolver em uma briga em um bar semanas após os Trials do país. Além desses, vale ficar de olho em Scott Tyler Clary, americano que esteve no noticiário depois de afirmar que Phelps treina pouco e não é um atleta dedicado, e sugerir que ele merecia mais por sua vontade nos treinos.

Vollmer e Sjostrom devem protagonizar boa disputa
No feminino, podemos esperar uma boa disputa na prova de 100 metros, tendo a campeã mundial Dana Vollmer como favorita – além do título, ela tem o melhor tempo da história sem trajes (56″42), marca alcançada nos Trials dos EUA este ano. Na cola de Vollmer, a recordista mundial e campeã em Roma-2009, Sarah Sjostrom. A sueca era desconhecida e com apenas 15 anos superou as demais, mas foi colocada à prova por ter surgido na época dos trajes (no Mundial de Shangai, acabou apenas em quarta). Desde então, melhorou muito e se aproximou de sua marca, e chega a Londres como uma das favoritas ao pódio na prova.
No 200, o domínio hoje está com as asiáticas, mas a prova está bem aberta. Depois de conquistar o ouro e prata nos Jogos de Pequim e ouro e bronze em Shangai, a China é uma das favoritas, seja com Liuyang Jao ou Jie Gong. Natsumi Hoshi, japonesa que lidera o ranking mundial este ano e foi a única a nadar abaixo de 2’05, e as britânicas Jemma Lowe e Ellen Gandy também estão fortes. Jessica Schipper, campeã mudial em 2011 e bronze nas Olimpíadas de 2008, não fez nenhuma marca tão expressiva este ano mas é uma forte concorrente.
Deixe um comentário