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    31/07/2011 por Beatriz Nantes em Coberturas, Natação, Paixão / Sem comentários

    Me lembro de assistir as Olimpíadas de Atenas, atenta à Phelps, Hoogenband, Kitajima e Thorpe, os grandes nomes da competição. Federica tinha 16 anos e ficou em segundo lugar no 200 livre, mas o recorde de Franziska van Almsick, 1’56″64, continuou lá, assim como tantos outros. Veio Melbourne 2007, com 13 recordes batidos em uma competição incrível, antecipando um evento sensacional em Pequim-2008.

    E eis que surgiram os trajes. Em Pequim não dava para saber direito o quanto eram os LZRs que faziam a diferença ou se aquela era uma melhora normal para atletas que treinaram tanto para os Jogos Olímpicos. Mas em Roma, com 43 recordes mundiais batidos, ficou claro que eram, claro, os nadadores que nadavam e tinham méritos, mas os trajes estavam virando protagonistas demais. A linha vermelha do recorde virou brincadeira, e tivemos provas em que a série inteira ficava à frente dos recordes, não mais referência para tempos absurdos, de nadadores conhecidos ou não.

    O desfecho nós sabemos, e a decisão da FINA voltou a dar razoabilidade aos tempos. Ryan Lochte foi o único a bater sem trajes um tempo feito com o supermaiô, voltando a trazer mais valor a um WR, sonho máximo de qualquer nadador.

    Em meio a tudo isso, um recorde permaneceu. O 400 livre de Thorpe caiu, o histórico 800 de Janet Evans também, o 50 livre de Popov. Mas aquele 1500 de Grant Hackett em Fukuoka, incríveis 14’34″56, sobreviveu, o único, coroando um dos maiores fundistas da história. Foram exatamente 10 anos e 2 dias até que Yang Sun batesse em seu país o recorde mais velho da natação, nadando para 14’34″14, em uma prova linda. Sun esteve atrás do recorde em absolutamente todas as parciais – no início mantendo uma diferença de 2 segundos, mas chegando a virar com 3 segundos de diferença. Parecia que não ia dar, mas meu irmão já tinha cantado que o final do chinês era absurdo – ainda mais absurdo que o de Hackett. E ele fechou para 25″94, um final digno para uma prova de 200, e nessa de 1500, o suficiente para colocá-lo como o mais rápido do mundo na prova mais longa - e linda – da natação.

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