O Brasil precisava da vitória no jogo de duplas diante dos Estados Unidos para não ser eliminado precocemente. Mas a missão de Marcelo e Bruno Soares não seria nada fácil. Do outro lado da rede estavam Bob e Mike Bryan, os maiores vencedores entre parcerias de todos os tempos.
Mas os mineiros mantiveram as chances brasileiras ao conquistar uma vitória histórica. Melo e Soares foram apenas a terceira parceira na história a derrotar os irmãos norte-americanos em Copa Davis. Em 3h31 de partida, os tenistas nacionais marcaram 7-6, 6-7, 6-4, 3-6 e 6-3 em um duelo marcado pelo equilíbrio. Os Bryan vinham de oito triunfos consecutivos na competição por países.
As duas primeiras parciais não tiveram nenhuma quebra de serviço. Os brasileiros venceram o primeiro tiebreak por 8-6, enquanto os yankees salvaram um set point e devolveram no desempate seguinte: 9-7. No set seguinte, Melo e Soares quebraram no terceiro game e administraram a vantagem. Mesma situação da quarta parcial, com os americanos quebrando no sexto game. A parcial decisiva seguiu sem breaks até o oitavo game, quando os brasileiros conseguiram a quebra que os levou a vitória histórica.
Muita garra, vibração e, principalmente, técnica da parceria brasileira. É incrível o entrosamento de Melo e Soares depois de longo tempo separados no circuito mundial. Hoje não vencemos apenas a dupla número um do mundo, mas sim a parceria dona de 13 títulos de Grand Slam e mais vitoriosa de todos os tempos. O triunfo dá um ânimo para Thomaz Bellucci diante de John Isner, que abrem a rodada do domingo. Em caso de vitória do paulista, Thiago Alves fará o quinto jogo com Sam Querrey para ver quem avança às quartas de final.
Grupo Mundial – Campeã em 2010, a Sérvia não teve qualquer trabalho com a Bélgica. Após as duas vitórias de simples na sexta, Viktor Troicki e Nenad Zimonjic venceram Rubens Bemelmans e Steve Darcis e fecharam a série por 3×0. A França também se garantiu nas quartas de final ao vencer o jogo de duplas contra Israel. Os adversários dos franceses serão os argentinos, que também anotaram 3×0 contra os alemães. A Áustria venceu o Cazaquistão nas duplas e evitou a eliminação precoce. A Itália passou a frente da Croácia.
O jogo mais incrível do sábado coube aos tchecos e suíços. Jogando em Genebra, os atuais campeões entraram em quadra com Tomas Berdych e Lukas Rosol. Os donos da casa escalaram Stanislas Wawrinka e Marco Chiudineli. A vitória tcheca veio apenas no quinto set. Até aí nada de anormal. Só que Berdych e Rosol venceram o set decisivo por incríveis 24-22. A partida, que durou 7h02, foi a mais longa da história dos confrontos de duplas do tênis. Os tchecos lideram a série por 2×1.
Guilherme Daolio é Jornalista e Radialista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Apaixonado por tênis por influência de seu pai, acompanha o esporte desde pequeno. No momento em que Djokovic, Federer e Nadal polarizam as quadras, Guilherme arrisca suas raquetadas por aqui. Novidades, projeções, análises, informações, apostas e tudo que envolva a bolinha amarela vira assunto.
O nosso colunista já passou pela Rede Record e pelo Portal IG. Hoje é editor de texto da ESPN Brasil e louco por tênis.
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