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  • Meu momento olímpico inesquecível: eu já sabia!

    28/04/2012 por Redacao em Atletismo, Home, Memória / Sem comentários

    Por Dimas Coppede

    O momento olímpico vale muito para quem ama o esporte. Ver o país disputar uma medalha sensibiliza, emociona, faz o espectador mergulhar na competição.

    Em 2000, a Olimpíada foi disputada em Sidney, na Austrália. O fuso horário não ajudava. Eu tinha 12 anos, tinha de ir para a escola, e aproveitava os minutos entre acordar e sair de casa, para apreciar as disputas.

    Tive sorte. Na verdade, no dia anterior, eu já sabia que o Brasil disputaria a final do revezamento 4×100 na manhã seguinte. Acordei um pouco mais cedo, comecei a me arrumar. O atletismo não era, na época, uma grande paixão minha. Mas o inexplicável sentimento de que eu não poderia perder aquela decisão me parecia claro. A confiança que eu sentia também não me deixava dúvidas de que eu fiz a escolha certa ao acordar um pouco antes.

    Lembro, e a cena aparece na minha frente, do momento em que ouço, enquanto escovava os dentes, o narrador anunciar a entrada dos competidores. A apresentação deles, os segundos que antecedem o tiro da largada, cenário perfeito, penso eu. Me coloco na frente da televisão e me deparo com a prova quase iniciada. Não tive tempo de me preparar, apenas de torcer.

    Vicente Lenílson foi o primeiro brasileiro. A primeira parcial não determinou muita coisa para mim. O panorama, na minha cabeça, estava incerto. Edson Luciano pega o bastão na quinta posição, a curva começou a fechar. O ritmo de Edson foi bom, forte. Mas a consagração começou a se confirmar a partir de André Domingos. De quinto, o velocista foi para terceiro e deixou Claudinei Quirino muito próximo da medalha de prata. Bastava ser melhor que o cubano que estava na frente. Parecia simples, mas não era. Naqueles poucos segundos, a emoção explode. É como se a minha força de vontade pudesse ajudar de alguma forma. Comecei a falar: “Vai que dá, vai que dá!”. Pensamento certo. Claudinei arrancou com uma categoria ímpar, passou, de certa maneira, com facilidade pelo concorrente.

    A prata não era prata. A prata valia ouro. Ouro pela superação, pela emoção do momento. Pelo lugar no pódio conquistado com tanto suor. Comemorei muito. Em seguida, fiquei observando a alegria dos quatro medalhistas, orgulhoso.

    Pensei, depois de me acalmar: eu já sabia!

     

    Dimas Coppede é Jornalista desde 2009, Radialista desde 2010 e apaixonado por esportes desde o dia 21 de dezembro de 1987. Com experiências na Rede Record de Televisão, Rádio Iguatemi e RedeTV!, hoje o jornalista ocupa a função de editor de texto na ESPN Brasil.

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