A 15a edição do Mundial de Esportes Aquáticos acabou na tarde deste domingo (4), com um saldo final de cinco novos recordes mundiais – todos no feminino. Os Estados Unidos saíram da competição com o maior número de medalhas (29) e o maior número de ouros (13). O Brasil terminou na oitava posição do quadro de medalhas, com cinco no total, e duas de ouro – conquistadas por Cesar Cielo, Felipe Lima e Thiago Pereira, na melhor performance de todos os tempos do país.
Com uma saída muito forte, a holandesa Ranomi Kromowidjojo sagrou-se campeã mundial do 50 livre – único título que faltava para ela. Campeã olímpica do 50 e 100 livre em Londres-2012, Ranomi foi terceira na prova de 100 livre em Barcelona. Hoje, conquistou o ouro na prova mais rápida da natação com 24”05, igualando sua melhor marca pessoal.
O nadador brasileiro conquistou hoje sua segunda medalha de Mundial, terminando em terceiro lugar na prova de 400 medley. Com uma estratégia muito bem dosada, Thiago passou em quarto depois do borboleta e costas, terceiro no peito (forte parcial de 1’09”9) e chegou a cair para quarto no 350. Mas Thiago – que costumava morrer nos últimos metros – fez o melhor final de prova de todos os atletas, com 28”04, e garantiu o bronze. Kosuke Hagino, que liderou boa parte da prova, cansou muito no final e terminou em quinto.
Só faltava o 800 livre, e Ledekcy não decepcionou. Depois de vencer o 400 livre com o primeiro sub-4’00 sem trajes tecnológicos e quebrar o recorde mundial do 1500 livre com mais de 6 segundos de diferença, a norte-americana completou a tríade da longa distância, novamente com recorde mundial. Com 8’13”86, Ledekcy se tornou a primeira a baixar o mítico tempo de Janet Evans sem trajes tecnológicos.
Depois de bater o recorde mundial do 100 metros peito na semifinal da prova, a lituana Ruta Meilutyte repetiu a dose na prova de 50 peito. Com 29”48, a nadadora novamente superou o recorde mundial na semifinal, e amanhã nadará a grande final da prova na baliza 4.
Em prova perfeita, Cesar Cielo tornou-se o primeiro tricampeão mundial do 50 livre da história da competição. Com 21”32, Cielo fez o melhor tempo da prova sem trajes tecnológicos, e teve a revanche depois de ser bronze nas Olimpíadas de Londres-2012. Florent Manaudou, que na semifinal fez o melhor tempo do mundo este ano, nadou mal e fez 21”64, ficando apenas em quinto lugar.
Há quatro anos Daniel Gyurta não perde uma prova de 200 peito em grandes competições. Aos 24 anos, o húngaro caminha para se tornar o maior da história da prova. Campeão olímpico em Londres-2012, prata em Atenas-2004 com apenas 15 anos, hoje Gyurta tornou-se tricampeão mundial da prova hoje no Mundial de Barcelona, estabelecendo o novo recorde da competição, com 2’07”23.
A final do 50 livre no Mundial de Barcelona terá oito medalhistas olímpicos. Florent Manaudou é o homem a ser batido: o campeão olímpico fez hoje o melhor tempo do ano e o terceiro melhor da história sem trajes, nadando para 21”37 – o melhor é 21”34, estabelecido por ele em Londres. Cesar Cielo avançou com o terceiro tempo, empatado com Nathan Adrian, com 21”60.
No dia mais extenso de seu programa de provas, Ryan Lochte começou bem: o norte-americano levou o 200 costas com a marca de 1’53”79, conquistando o bicampeonato mundial da prova. Lochte liderou desde os primeiros 50 metros, e conquistou seu segundo ouro da competição, um dia depois de se tornar tricampeão mundial do 200 medley. A mrca com que ganhou foi pior do que o tempo de Shangai 2011 (1’52”96), assim como aconteceu no 200 medley e na maioria das provas masculinas da competição.
Um dia depois do australiano James Magnussen vencer o 100 livre masculino, sua conterrânea Cate Campbell venceu a versão feminina da prova. Havia grande expectativa para recorde mundial – especialmente após a passagem de 24”85 nos primeiros 50 metros – mas Cate cansou no final e fechou para 52”34, um centésimos acima de sua melhor marca deste ano. É o primeiro título individual da nadadora, que ano passado foi campeã olímpica do revezamento 4×100 livre.